Efic?cia de um treinamento computadorizado para reconhecimento de faces emocionais em crian?as

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Moura, Tayse Conter de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul; Escola de Ci?ncias da Sa?de e da Vida; Brasil; PUCRS; Programa de P?s-Gradua??o em Psicologia
• Palavras-chave em Português: Reconhecimento de Express?es Faciais; Emo??es B?sicas; Teoria da Mente; Interven??o; CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
• Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8946

A produ??o e reconhecimento de express?es emocionais s?o fatores importantes para a comunica??o n?o verbal. O reconhecimento de express?es faciais pode ser considerado uma habilidade de percep??o social, que requer processos cognitivos robustos de discrimina??o de est?mulos e de identifica??o de padr?es. A partir do reconhecimento de express?es emocionais, somos capazes de inferir inten??es, cren?as e pensamentos de outras pessoas (teoria da mente) e, a partir disso, regular nossas emo??es e lan?ar m?o de comportamentos contextualmente adequados. Estudos t?m apontado que dificuldades no reconhecimento de faces e no processamento emocional s?o preditores de dificuldades na compet?ncia social e, dessa forma, treinamentos que visem melhorar especificamente o reconhecimento de faces podem ser ?teis no aprimoramento tanto de processos cognitivos quanto comportamentais. Com o objetivo de compreender o momento atual da literatura sobre interven??es de reconhecimento de express?es faciais para crian?as, o primeiro estudo trata-se de uma revis?o sistem?tica de literatura. Seguindo o m?todo Prisma, foi poss?vel encontrar a partir dos descritores training OR intervention AND face OR facial OR emotion AND expression. OR recognition, um total de 2964 artigos nas bases Scopus, PubMed e PsycNET nos ?ltimos cinco anos. Ap?s a aplica??o de filtros, 22 artigos foram selecionados. Como resultados, foi poss?vel perceber grande foco em interven??es para reconhecimento em popula??o com psicopatologias j? definidas (86,4%) e com ?nfase nas dificuldades espec?ficas destes transtornos. Ainda que alguns estudos apresentassem tamanho amostral pequeno, 81,8% dos estudos que tiveram tamanho de efeito calculado apresentou tamanho de efeito grande ou m?dio em pelo menos uma tarefa de reconhecimento de faces emocionais, evidenciando benef?cios de interven??es para essa habilidade. O segundo artigo visou desenvolver um treinamento interativo de reconhecimento de faces emocionais para popula??o infantil sem psicopatologia espec?fica. Tamb?m almejou verificar o efeito do treinamento na teoria da mente dos participantes. Dois grupos (interven??o e controle) realizaram uma tarefa de reconhecimento de faces e de teoria da mente no primeiro encontro (T1). Ap?s essas tarefas, os participantes do grupo interven??o realizaram o treinamento nomeado Ca?adores de Emo??es, que visa a melhora no reconhecimento de express?es faciais emocionais b?sicas e utilizou apenas faces infantis. Ap?s o per?odo de uma semana, o segundo encontro (T2) ocorreu com todos os participantes e 52% da amostra realizou o follow up de um m?s (T3). Nos resultados, de forma significativa, as emo??es de nojo e medo tiveram melhora entre o T1 e T2 em todos os grupos enquanto tristeza apresentou redu??o da acur?cia. De forma n?o significativa, alegria e raiva apresentaram resultados mistos e surpresa melhorou em todos os grupos. A teoria da mente melhorou em rela??o ao T1 e T2 e, ainda que tenha apresentado leve redu??o no T3, os participantes mantiveram os ganhos. Houve maior tend?ncia de melhora no reconhecimento de medo, que se manteve ao longo das tr?s avalia??es. Limita??es e sugest?es de futuros estudos s?o discutidas.