Milagres constantes e inconstantes : variações no discurso jesuítico : 1610-1640

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Berto, Carla lattes
Orientador(a): Santos, Maria Cristina dos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2340
Resumo: A análise em questão propõe reconsiderar o estudo do milagre, recorrente na documentação jesuítica, privilegiando os elementos articulados no discurso religioso que acompanham e culminam no fenômeno. Os milagres foram selecionados na Coleção De Angelis, no período entre 1610 e 1640. Deve se ter presente a grande quantidade de registros destes fenômenos nas cartas jesuíticas, apontando o fenômeno como um dos ápices da experiência religiosa dos inacianos. Parece, assim, ficar evidente a construção de um modelo, bem como os necessários filtros missionários que um relato de milagre deveria percorrer: num primeiro momento, enfatizar o grau de gentilidade e ação demoníaca (ou então, exemplificando modelos de cristandade), para logo em seguida apresentar a conclusão - interpretação conduzida pelo jesuíta, relator/filtro/divulgador. Quando este se apresenta na condição de autor das cartas, bem como a personagem relatora do fenômeno, o milagre evidencia-se como um modelo idealizado, característicos como casos de edificação. Detendo a atenção sobre estes elementos modelares, percebe-se que na medida em que o jesuíta deixa de se constituir personagem ativa no fenômeno, os elementos do relato modificam-se. O julgamento sobre a validade celeste, em relação ao milagre, seria concedido pelo missionário, assim como poderia classificá-lo como ação demoníaca.