Sistema estomatognático e envelhecimento : associando as características clínicas miofuncionais orofaciais aos hábitos alimentares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cardoso, Maria Cristina de Almeida Freitas lattes
Orientador(a): Moriguchi, Yukio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Departamento: Instituto de Geriatria e Gerontologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2611
Resumo: Introdução: Este estudo tem como tema o sistema estomatognático, ou seja, as modificações das funções orofaciais no envelhecimento, relacionadas às adaptações nas funções de deglutição e da mastigação, ocasionadas por perdas dentárias ou pela utilização de próteses mal adaptadas, assim como das estruturas envolvidas nestas funções e o hábito alimentar dos idosos de Porto Alegre/RS. Objetivo: Caracterizar as funções do sistema estomatognático em um grupo de idosos de Porto Alegre/RS, a partir do estabelecimento do padrão orofacial miofuncional utilizado pelos idosos do projeto EMIPOA PUCRS, e a sua associação aos hábitos alimentares. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo transversal, quantitativo, descritivo e observacional realizado através de uma pesquisa de campo junto a idosos por meio de auto-relato e avaliação clínica fonoaudiológica. Os resultados foram analisados através dos testes Qui-Quadrado, t de Student, ANOVA, coeficiente de Pearson ou por Associação Linear, conforme as variáveis, estabelecendo-se o nível de significância de 5%. A amostra foi por conveniência, com 47 idosos com idade média de 74,72 anos, de ambos os sexos. Resultados: Os idosos apresentam preservação da função de deglutição, mastigação unilateral e realizada em um tempo médio de 32,68s (dp ±14,69) e com uma média de dentes 10,96 (dp± 9,68) evidenciando relação significativa entre as variáveis número de dentes e faixa etária (p=0,033). Os tempos máximos de fonação encontram-se abaixo do esperado para adultos normais e esta relação mostra-se como significativa entre as variáveis (p=0,055) e com associação significativa destas medidas (p= 0,016). O loudness (intensidade vocal) foi adequado ao esperado e apresenta relação significativa para com a variável sexo (p=0,045). Os idosos apresentam-se em bom estado nutricional, realizam as refeições com o uso de alimentos de consistência sólida, não referem modificações da dieta a partir dos 60 anos e nem dor ao deglutir. Conclusão: Os resultados sugerem relação entre a alimentação de consistência sólida e a manutenção da função de deglutição e a voz dos idosos mostra-se como a primeira função estomatognática a modificar-se com a senescência.