Prevalência do clostridium difficile e associação com a antibióticoterapia em um grupo de indivíduos do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Rodrigues, Luiz Fernando Vieira lattes
Orientador(a): Schmitt, Virginia Minghelli lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Departamento: Instituto de Geriatria e Gerontologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2676
Resumo: O Clostridium difficile (Cd) é um bacilo Gram-positivo, anaeróbio, formador de esporos, amplamente distribuído no ambiente hospitalar, fazendo parte da microbiota do trato gastrointestinal de humanos e animais. Está associado com a colite pseudomembranosa (PMC) e outras desordens intestinais, tais como diarréia, em virtude do uso prévio de antimicrobianos. O objetivo deste estudo foi avaliar retrospectivamente a prevalência da toxina A do C. difficile em indivíduos que realizaram exame no laboratório Weinmann no período entre junho de 2003 e dezembro de 2004. Para a pesquisa da toxina A foi utilizado o sistema Vidas®CD Toxin A II (CDA2, Biomérieux S.A.), que permite a detecção da toxina A do Cd através do método ELFA (Enzime Linked Fluorescent Assay). Foram analisados 288 resultados, sendo 91 (31,6%) de origem hospitalar e 197 (68,4%) de origem ambulatorial. A prevalência de Cd nas amostras hospitalares foi de 11,0% e nas de origem ambulatorias foi de 11,7%. Nos pacientes idosos (n=139), a média de idade foi de 76,3 anos, com uma mediana de 76 anos, e prevalência de Cd de 9,4%. Entre os pacientes hospitalizados que fizeram uso de antibióticos, a prevalência de Cd foi de 11,5%. O tratamento dos pacientes hospitalizados com um único tipo de antibiótico mostrou uma relação significativa com a positividade para Cd (p=0,001), quando comparado com o uso de mais de uma classe de antibióticos. Foi pesquisada uma relação entre a prevalência de Cd e presença de febre, dor abdominal, hipoalbuminemia, desidratação, desequilíbrio eletrolítico, leucócitos fecais e resultado de proteína C-reativa, sendo verificada uma associação estatisticamente significativa somente entre hipoalbuminemia e positividade para Cd (p=0,048).