Uma história da literatura de jornal : o imparcial da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pinho, Adeítalo Manoel lattes
Orientador(a): Moreira, Maria Eunice lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Letras
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1862
Resumo: Este trabalho tem por objeto a seção literária do periódico O Imparcial, do estado brasileiro da Bahia (1918-1947). A presente tese desenvolve-se no âmbito disciplinar da história da literatura, fundamentando-se em um sistema literário às margens da historiografia oficial. Suas bases teóricas foram buscadas na Ciência da Literatura Empírica, sob liderança de Siegfried Schmidt, e representada no Brasil por Heidrun Krieger Olinto. O pensamento do estudioso germânico quanto à atuação no espaço científico-acadêmico é articulado às posturas intelectuais de interferência política na sociedade, defendidas pelo crítico palestino Edward Said. O percurso de catalogação diária das matérias aqui reunidas detecta pessoas influentes, flagra debates e atuações conjuntas da literatura com grupos de variadas ideologias, destacando Arco & Flexa e Ala (Movimento das Letras e das Artes). De escritores lendários a completos desconhecidos, esta pesquisa almeja divulgar nomes como Castro Alves, Carlos Chiacchio, Rui Barbosa, Artur de Sales, Xavier Marques, Eugênio Gomes, Maria Dolores, João Paraguaçu e Wilson Lins. O corpus impõe algumas nomenclaturas, como Biocrítica e Tradicionismo Dinâmico, que podem ser incluídas no rol das teorias locais, na concepção de Walter Mignolo. A partir delas, inscrevo o item teórico esteio de sistema, para o qual Carlos Chiacchio e Afrânio Coutinho são exemplos acabados. A nomenclatura proposta literatura de jornal encontra sentido por sua aparência ao sistema literário. O periódico estudado realiza a transição do mundo dos bacharéis e dos tribunos para o Estado Novo e o Pós-Guerra. Ao oferecer batalhas políticas e combates intelectuais de conta semelhante, prova que a literatura é uma instituição engajada e interessada no tempo presente.