Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Leite, Denalize Goulart
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Orientador(a): |
Hermann, Nadja Mara Amilibia
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educaç
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/3651
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Resumo: |
O presente estudo versa sobre a interpelação dos discursos ético e econômico na educação. Por meio de uma abordagem bibliográfica, o trabalho tem como objeto central trazer à reflexão aspectos sobre qual o discurso que a educação deve assumir para se manter viva nesta encruzilhada; caracterizada por formar o indivíduo que o mercado exige e, ao mesmo tempo, formá-lo mais ético, menos individualista e técnico. Primeiramente, a economia era uma ciência que versava sobre a arte de bem administrar a família, porém, agora, está submetida ao modelo capitalista, que é o principal responsável pelo atual estado de niilismo e de despotencialização ética. Como consequência deste cenário, surge uma sociedade capitalista caracterizada por uma conduta individualista, e crédula de que única forma de desvendar a natureza, o progresso e dominar o verdadeiro conhecimento, sejam os avanços científicos e tecnológicos. É justamente neste contexto que se interpela a educação de forma tendenciosa, ou seja; impõem-se à educação a tarefa de dar respostas que o sistema capitalista necessita. Estas respostas são traduzidas em formação que desenvolve o indivíduo tecnicamente para garantir seu desempenho em atividades de produção e de finanças. Negligenciando assim, a formação prática, a formação que orienta para uma práxis moral, e o acesso à qualidade de vida digna. Sendo assim, o estudo destaca em suas considerações, que o indivíduo e a educação são subordinados ao capitalismo que trata com descaso a educação, o indivíduo e a natureza. Apesar de o sistema capitalista explorar a educação para aperfeiçoar seu desempenho econômico, as condições de vida da sociedade não têm apresentado melhorias satisfatórias. Ainda, observou-se que o crescimento econômico está muito além do comprometimento ético praticado na lógica capitalista. O conceito de bem estar pregado pelo sistema atual, está restritamente ligado à aquisição de bens tangíveis. Para ter acesso ao bem estar e a plenitude propagada pelo sistema, o indivíduo procura a educação; porque ela é o principal insumo do mercado capitalista ao garantir uma colocação no mercado de trabalho. Por outro ângulo, mesmo que a educação seja interpelada pelo discurso econômico e, também, pelo discurso ético, apesar da ineficiência da formação educacional brasileira, ao colocá-la em prática sobrepõem-se às interpelações econômicas em detrimento às questões éticas. Visto que, a educação se vê na obrigação de atender às necessidades das instituições que a sustentam. Consequentemente, a educação tornou-se moeda de troca: mercantilismo. No entanto, a educação rompeu com seu compromisso original de formar seres humanos, seres socializados que compreendem o verdadeiro sentido da vida. Por isso, é necessário conquistar-se um maior espaço para os saberes filosóficos comprometido com o resgate ético, com atitudes pautadas em hábitos e valores moralmente instituídos. A educação precisa se abrir para a possibilidade de resgate ético. Por mais que esta realidade esteja longe da atual formação dos professores, pois estrutura-se no modelo conteudista e a instrumentalização da razão recrudesceu o processo de formação do docente; além da educação priorizar as exigências capitalistas do consumismo a qualquer custo, é fundamental que a classe profissional trabalhe com vistas à recuperação dos aspectos éticos e de visão crítica-construtiva dos cidadãos. |