Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Kasrburg, Alexandre de Oliveira |
Orientador(a): |
Flores, Moacyr
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2446
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Resumo: |
A chegada da ferrovia, no início da década de 1880, transformou a vila de Santa Maria da Boca do Monte em um dos locais mais prósperos e importantes do interior sul-rio-grandense. Hábitos e costumes identificados ao passado foram questionados por aqueles que queriam ver Santa Maria alçada aos tempos do Progresso. A religiosidade popular e suas várias devoções, bem como a velha matriz católica em ruínas, eram indícios e símbolo que se buscava modificar ou apagar. Esse processo de transformações foi capitaneado por autoridades públicas e profissionais urbanos preocupados em criar uma imagem de cidade moderna. Por outro lado, havia o clero local e o bispado em Porto Alegre que não aceitaram ver a Igreja Católica retirada do centro das decisões. De 1884 a 1897, recorte temporal de nosso trabalho, ocorreu uma série de conflitos envolvendo autoridades municipais, párocos, bispos e também luteranos e maçons. A ferrovia fez com que o espaço urbano de Santa Maria se tornasse complexo, gerando uma diversidade cultural difícil de ser analisada pela simples oposição entre católicos e liberais, ou ainda, entre forças conservadoras e modernas. Os documentos, registros, cartas, ofícios e artigos em jornais que serviram de fonte para a presente pesquisa, trazem o ponto de vista dos atores participantes desse processo, onde as versões e as representações são, muitas vezes, antagônicas. Para entendermos esse universo de posições, partimos do local, e somente depois procuramos interagir com questões mais amplas, num constante exercício de variação de escalas. Essa técnica nos permitiu ver a simultaneidade do social, compreendendo que os acontecimentos possuem causas variadas, e só podem ser explicados se levarmos em conta a multiplicidade de uma sociedade que surgia após a chegada da ferrovia. |