Em busca de uma arqueologia brasileira : Universidade do Paraná, décadas de 1950 a 1970

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ceccon, Roseli Santos lattes
Orientador(a): Kern, Arno Alvarez lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2385
Resumo: Esta dissertação teve por objetivo compreender o desenvolvimento do pensamento arqueológico no Estado do Paraná. Considerando a historicidade da ciência e os contextos de produção de ideias, tal estudo buscou entender os mecanismos e estratégias levadas a cabo por José Loureiro Fernandes para promover cursos de aperfeiçoamento na Universidade do Paraná, nas décadas de 1950 a 1970. A fim de organizar as ideias no tempo e no espaço, a dissertação foi dividida em quatro capítulos. Nos dois primeiros, de forma introdutória e sobre o desenvolvimento da ciência paranaense, buscou-se mapear as principais informações no campo da arqueologia paranaense produzidas até a década de 1950, seja por viajantes e colecionadores particulares, seja por autodidatas no Museu Paranaense. A partir da constatação de Loureiro Fernandes da destruição de sítios arqueológicos e, havendo carência de técnicas e teorias para uma intervenção adequada e, ainda, devido ao declínio das atividades do Museu, notou-se a transferência das atividades para o âmbito da Universidade do Paraná no início da década de 1950. Com poucos recursos financeiros algumas pesquisas foram realizadas, acompanhadas por estudantes que tomavam contato com modelos e métodos de escavação. Da documentação analisada, observou-se o intenso empenho políticopedagógico de Loureiro Fernandes junto aos órgãos de fomento, e entre contatos e viagem internacionais, tomava forma mais clara seu projeto de promover cursos regulares para capacitar estudantes universitários interessados na pesquisa arqueológica. Com a criação do CEPA em 1956, alguns destes cursos foram analisados, como os promovidos pelo casal francês Joseph Emperaire e Annette Laming, Wesley Hurt, o casal norte-americano Clifford Evans e Betty Meggers, e outros professores brasileiros. Como resultado dos cursos, alunos foram capacitados para enfrentar os problemas arqueológicos brasileiros, teorias foram discutidas e testadas, terminologias criadas, metodologias aperfeiçoadas, enfim, da mistura de visões de ciência propiciou-se um repertório próprio, visto atualmente por muitos daqueles alunos como de suma importância para o desenvolvimento da arqueologia brasileira, que naquela época encontrava-se em fase quase amadora.