A revolução dos mutilados : a história dos idosos que se propuseram a aprender para ensinar crianças sobre saúde bucal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Dockhorn, Denis Marcelo Carvalho lattes
Orientador(a): Padilha, Dalva Maria Pereira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Departamento: Instituto de Geriatria e Gerontologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2765
Resumo: Esta pesquisa é um Estudo de Caso, realizado através de uma abordagem qualitativa com enfoque compreensivo e explicativo, tendo como base a observação participante, apresentada como informe escrito na primeira pessoa do singular, narrando o processo de capacitação de um grupo de idosos para trabalho em saúde bucal, de maneira a refletir sobre o processo ideológico, sobre as formas que os idosos utilizaram para desenvolver temas sobre saúde bucal e sobre a inserção do idoso na abstração saúde bucal como mercadoria com que se posiciona na estrutura do modo de produção capitalista e o trabalho de velhos que não têm mais dentes ensinando crianças com dentes. A sensibilização dos idosos para intervir em educação e promoção em saúde, com ênfase na abordagem em relação a autocuidado, dieta e higiene bucal encontrou respaldo em suas metas motivacionais. Estereótipos como o de que velhos devem ser comportados avozinhos puderam ser esclarecidos. Houve a escolha de formas próprias para desenvolver temas como aconselhamento sobre hábitos saudáveis; no grupo estudado estas formas eram sempre de conformismo e submissão e houve a opção por utilizar material não elaborado pelo grupo. A boca social deste grupo de idosos mostrou-se como consumida pela existência como trabalhadores de baixo salário e consumidora ávida de serviços protéticos. O trabalho de ensinar crianças fez-se real, não como educadores em saúde em sentido restrito, mas como contadores de histórias com temas sobre como conduzir a vida. Os encontros, tanto do grupo apenas e com crianças, resultavam em rodas de conversa que abordavam experiências de vida e comportamentos de submissão e conformismo.