Memórias recompondo tempos e espaços da educação : Bom Jesus/RS (1913-1963)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Grazziotin, Luciane Sgarbi Santos lattes
Orientador(a): Bastos, Maria Helena Câmara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educaç
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/3564
Resumo: O estudo inventaria e analisa a história da educação da cidade de Bom Jesus, localizada no interior do Rio Grande do Sul, entre os anos de 1913, data de emancipação do município e 1963, comemoração do seu cinqüentenário. As memórias reunidas no Acervo Municipal de Memória Oral são utilizadas como documentos de pesquisa. Memórias coletadas em decorrência de um projeto iniciado em 1990 que, construiu lugares de memória e ampliou as possibilidades de história. A pesquisa selecionou trinta sujeitos cujas narrativas, falam, entre outros aspectos, da educação institucionalizada no município, revelando práticas e formas de constituir espaços de educação na Cidade em épocas onde a escolarização era escassa em todo o Estado. Através das memórias e de outros documentos, são analisadas as categorias: política, religião, trabalho, estudo e relações de gênero, que emergiram das narrativas, possibilitando circunscrever um passado e historicizar o cotidiano da educação nessa cidade, no período compreendido entre 1913 e 1963. Utilizando a História Oral como metodologia, analisaram-se os discursos e conteúdos referentes ao ato memorialístico, as lembranças e os esquecimentos de um passado e a possibilidade de construção de uma história da educação desse lugar, nesse tempo a partir dos lugares de memória criados pelo Projeto. A pesquisa conclui que a história da educação, aqui construída, só foi possível pelo esforço de concentrar e guardar objetos e memórias orais em lugares de acesso público. Não traz uma verdade inequívoca, mas cria um regime de verdade a partir dos indícios pesquisados. Os pontos de contato entre as memórias orais propiciam a permanência do tempo necessário para que exista uma memória coletiva e, a partir dela, uma história. A sociedade de Bom Jesus recordou quando construiu lugares para colocar a memória; educou quando instituiu práticas para superar a carência de escolas e construir espaços de escolarização, em alguns casos, independentes de instituições públicas ou privadas.