O movimento dos trabalhadores frente ao complexo de reestruturação produtiva : o sindicalismo dos metalúrgicos de Caxias do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Wünsch, Paulo Roberto lattes
Orientador(a): Reis, Carlos Nelson dos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Departamento: Faculdade de Serviço Social
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/479
Resumo: A presente tese analisa como o movimento sindical dos trabalhadores enfrenta o complexo de reestruturação produtiva, tendo como lócus de investigação o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul, no RS. Essa pesquisa é apoiada na literatura especializada, em entrevistas e em grupo focal com os trabalhadores, sua análise permite verificar em que medida o Sindicato tem atuado de maneira a resistir à ofensiva do capital no processo produtivo, em busca da superação da sua crise estrutural. A fim de melhor compreender o movimento sindical, pesquisaram-se as raízes do sindicalismo no Brasil, com suas transformações e heranças seletivas do passado quanto à sua organização e a formas de resistência. No contexto atual, analisam-se as metamorfoses tecnológicas e de gestão e organização do trabalho no âmbito do processo produtivo, em meio à mundialização do capital. Destacam-se a ofensiva e seus impactos no mundo do trabalho, especialmente diante da tentativa de captura da subjetividade dos trabalhadores. A pesquisa evidenciou a emergência e o estágio da reestruturação produtiva em Caxias do Sul, as ações desenvolvidas pelo Sindicato, a participação e a percepção dos trabalhadores da ação sindical, os motivos da sindicalização ou não dos mesmos e o papel da entidade. Os resultados demonstram que, mesmo diante da subsunção de trabalhadores à lógica do capital, o sindicato dos trabalhadores metalúrgicos tem resistido a essa ofensiva, indicando a existência de condições para a atuação classista diante das contradições geradas pelas relações capitalistas de trabalho assalariado.