Associação entre estado nutricional, depressão e qualidade de vida de pacientes em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barros, Annerose lattes
Orientador(a): D'avila, Domingos Otavio Lorenzoni lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Medicina
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1559
Resumo: Introdução: A hemodiálise (HD) tem significativo impacto físico, psicológico e social para os pacientes. A redução da qualidade de vida (QV) depende de vários fatores, como desnutrição, depressão e distúrbios metabólicos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional, a QV, sintomas depressivos e determinar as possíveis relações com outros fatores de risco para mau prognóstico, em pacientes estáveis em HD. Métodos: Estudo transversal, em único centro de diálise, envolvendo 59 pacientes em HD. Foram avaliados dados laboratoriais, QV e sintomas depressivos, além do estado nutricional e composição corporal pelo método direto de impedância bioelétrica segmentar multi-frequência (DSM-BIA). Os pacientes foram classificados pela DSM-BIA como desnutridos, padrão, sobrepeso ou obesos. As diferenças entre os grupos foram avaliadas por ANOVA. Resultados: Sete pacientes são desnutridos, 19 padrão, 19 com sobrepeso e 14 obesos. Os níveis de triglicerídeos foram significativamente diferentes entre os grupos [1,06 (0,98-1,98), 1,47 (1,16-1,67), 2,53 (1,17-3,13), 2,12 (1,41-2,95) mmol/L, respectivamente; p=0,026] e Kt/V entre desnutridos, sobrepeso e obesos (1,49±0,14; 1,23±0,19; 1,19±0,22; p=0,015 e p=0,006, respectivamente). Sintomas depressivos, QV, nível de inflamação ou níveis de fosfato não foram diferentes entre os grupos. Creatinina, albumina e fosfato, se correlacionaram fortemente, bem como percentagem de gordura corporal (PGC), índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC) [r=0,859; (p<0,001) e r=0,716 (p<0,001), respectivamente]. Sintomas depressivos e domínios físico e psicológico da QV também se correlacionaram fortemente [rs= -0,501 (p<0,001); rs= -0,597 (p<0,001), respectivamente]. Conclusões: A maior parte dos pacientes tem sobrepeso e obesidade. As medidas de IMC, PGC e CC, apesar de diferentes, forma relacionadas. Inflamação foi altamente prevalente. Marcadores de sintomas depressivos e QV não foram diferentes entre os grupos nutricionais.