Em busca do olhar do vulner?vel : a alteridade como fundamento para a pr?xis defensorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Magdiel Pacheco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Escola de Humanidades
Brasil
PUCRS
Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11467
Resumo: A presente pesquisa busca, por meio de revis?o bibliogr?fica, com o intento de fugir do dogmatismo autopoi?tico que caracteriza o pensar majorit?rio em torno da Defensoria P?blica, estabelecer a alteridade levinasiana como fundamento de cr?tica e desconstru??o da pr?xis defensorial. O trabalho se situa em tr?s momentos distintos e sucessivos. Em um primeiro momento, a pesquisa se debru?a sobre os predecessores filos?ficos mais diretos em Edmund Husserl e Martin Heidegger. Nesse instante inicial, o eixo da reflex?o est? situado quanto ? intersubjetividade na proposta filos?fica destes autores. Entretanto, a compreens?o do ego transcendental e da anal?tica existencial tem, em paralelo ao intento contextualizador, a assun??o de uma leitura cr?tica na perspectiva de Levinas. Nesse aspecto, a obra Descobrindo a Exist?ncia com Husserl e Heidegger assume papel central nessa exegese filos?fica que redunda na situa??o desses autores como fatores preponderantes na constru??o da racionalidade moderna. Em seguida, o trabalho se debru?a especificamente sobre o pensamento do fil?sofo franco-lituano. Como recorte metodol?gico, a apresenta??o do sujeito reflexivo ao sujeito ?tico gravitar? em torno das obras centrais Totalit? et infini: essai sur l'ext?riorit? e Autrement qu'?tre ou au-del? de l'essence, com a utiliza??o pontual de outras obras para facilitar a introdu??o ao pensamento do fil?sofo. Nesse cap?tulo, a proposta levinasiana ser? primeiramente abordada quanto ? constru??o da ipseidade, numa s?ntese da antropologia de Levinas, at? a irrup??o do Outro, passando pelas categorias paradigm?ticas: necessidade, Desejo (D?sir), proximidade, revela??o, Infinito, Enigma, Dizer e Dito, e do Olhar (Visage). Em seguida, adentrando no denominado ?ltimo Levinas, a an?lise se movimenta para a quest?o da presen?a do Terceiro e o dilema da justi?a. Ap?s os passos filos?ficos indicados, a converg?ncia interdisciplinar ? alcan?ada no terceiro cap?tulo. Ap?s ter alcan?ado o drama ?tico j? na presen?a do Terceiro, todo o debate travado sobre Levinas e a racionalidade moderna ? trazido para o contexto da possibilidade da ?tica-pol?tica dentro da institucionalidade estatal. Como desdobramento da pr?pria evolu??o filos?fica trilhada, o filtro da filosofia levinasiana sobre a pr?xis defensorial se situar? em duas perspectivas: em um n?vel fenomenol?gico, como filtro filos?fico para denunciar os limites e v?cios da din?mica do Eu-membro e do Outro-vulner?vel como rela??o cognoscitiva al?rgica ? alteridade; e, j? em um patamar pol?tico-institucional, como par?metro que estabele?a o pensamento levinasiano enquanto ?tica institucional como fundamento cr?tico ao ethos defensorial. Dessa maneira, a pesquisa busca, sob esse arcabou?o te?rico apresentado, desnaturalizar a racionalidade predominante do ethos institucional, trazendo um filtro que permita um diagn?stico da inteligibilidade e do humanismo sobre os quais a Defensoria P?blica tem sido constru?da.