Psicoterapia e bioética : a autonomia no processo psicoterápico na psicanálise e na psicologia cognitivo-comportamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferreira, Vinícius Renato Thomé lattes
Orientador(a): Gauer, Gabriel José Chittó lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Faculdade de Psicologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/633
Resumo: A bioética como área recente de estudos, tem se preocupado com as questões da vida e da saúde, especialmente a humana. As discussões nesta temática abordam temas relacionados com a biotecnologia, e são ainda escassos ainda estudos que a relacionem com a psicoterapia. Contudo, a bioética tem uma inserção importante neste campo, se admitirmos que a psicoterapia trata-se de uma intervenção que visa a promoção da saúde e que possui características e questões éticas específicas. Com esse objetivo, através de entrevistas semidirigidas com três psicoterapeutas orientados pela teoria psicanalítica e três psicoterapeutas orientados pela psicologia cognitivo-comportamental, foi investigado como compreendem o conceito bioético de autonomia no atendimento clínico psicológico. Através das entrevistas realizadas verificou-se que os participantes apresentaram a autonomia como fundamental no processo psicoterápico, embora esta autonomia pareça ser invisível, subjacente à prática clínica. Mesmo havendo elementos comuns na vertente psicanalítica e na cognitivocomportamental (como o reconhecimento da autonomia do paciente, e que esta é conquistada através do processo psicoterápico), há diferenças importantes na prática e manifestação desta autonomia que são derivadas do modelo teórico adotado;. Na psicanálise as informações sobre a psicoterapia são fornecidas se o paciente questiona, e na terapia cognitivo-comportamental as informações sobre o processo psicoterápico são fornecidas mesmo que os pacientes não perguntem. Para a psicanálise, o questionar do paciente sobre o processo é integrado ao processo analítico, auxiliando a construir o entendimento da dinâmica psíquica; na psicologia cognitivo-comportamental, a compreensão objetiva do andamento da psicoterapia também é terapêutica, constituindo-se num elemento que ajudará o paciente na adesão ao tratamento