Avaliação da memória visual, em indivíduos saudáveis, pela ressonância magnética funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Costa, Danielle Irigoyen da lattes
Orientador(a): Portuguez, Mirna Wetters lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Medicina
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1522
Resumo: Introdução: A Ressonância Magnética Funcional (RMf), como método de investigação nãoinvasivo do funcionamento cerebral, permite a localização topográfica das áreas relacionadas à memória e outras funções corticais superiores em indivíduos normais. Embora não nos forneça, no momento atual, a riqueza e a dinâmica das inter-relações dos processos cognitivos, vem trazendo grandes avanços ao conhecimento científico, planejamento terapêutico de patologias que envolvem o Sistema Nervoso Central e para a pesquisa em Neurociência. Objetivo: Este estudo buscou investigar, com RMf, as regiões encefálicas ativadas por diferentes tarefas de memória visual em uma amostra de voluntários saudáveis. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal para avaliação da ativação funcional das áreas encefálicas relacionadas à memória visual, em um grupo de 15 voluntários hígidos. Todos os sujeitos realizaram avaliação neuropsicológica, preencheram duas escalas para investigação de sintomatologia neuropsiquiátrica (Inventário de Depressão de Beck e Inventário de Ansiedade de Beck), responderam a um questionário para exclusão de qualquer patologia que pudesse alterar a performance durante as tarefas propostas (Questionário para exclusão de patologia neurológica ou psiquiátrica), realizaram investigação da dominância manual através de questionário específico (Teste de Dominância Manual modificado), preencheram o informativo ao paciente do Centro de Diagnóstico por Imagem do Hospital São Lucas da PUCRS e se submeteram ao exame de RMf, após afirmarem sua concordância em participar do estudo (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). Para estimulação da memória visual, durante a RMf, foram utilizadas duas tarefas de memorização para posterior reconhecimento, incluindo estímulos de faces e figuras abstratas. Todas as tarefas foram alternadas com período de repouso. Resultados: As regiões ativadas na tarefa de memorização de faces não-familiares incluíram o giro angular (lobo parietal), culmen (cerebelo anterior), ínsula, precuneus (lobo parietal), giro frontal inferior (lobo frontal) e putâmen; a região ativada no reconhecimento de faces nãofamiliares foi o precuneus (lobo parietal). As regiões ativadas na memorização de padrões abstratos incluíram o tálamo, giro temporal transverso (giro de Heschl), declive (cerebelo posterior), putâmen, ínsula e região occipital inferior; as regiões ativadas no reconhecimento de padrões abstratos incluíram cerebelo anterior, giro temporal inferior (lobo temporal) e declive (cerebelo posterior). Conclusão: Foram observadas ativações em diversas regiões encefálicas, indicando que circuitos neuronais multifocais são engajados na realização destas operações mentais. O estudo da memória mantém-se como algo complexo, impossível de redução a uma única teoria geral, seja ela em bases psicológicas, neurofisiológicas, entre outras. O objetivo atual parece ser entender, tendo em vista a aplicação prática. Este estudo traz consigo novas perspectivas para um melhor entendimento da memória visual em seres humanos, além de instigar a continuidade das pesquisas em RMf.