Corporate philosopher : fundamenta??o te?rica para atua??o do fil?sofo nas organiza??es

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Guilherme Reolon de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Escola de Humanidades
Brasil
PUCRS
Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11290
Resumo: O espanto ? a origem do filosofar, segundo Plat?o e Arist?teles. A face te?rica da Filosofia, t?o rica e fundamento de outros conhecimentos, est? em descr?dito. Na ?rea educacional, a Lei n? 11.684/08 tornou obrigat?rio o ensino de Filosofia no curr?culo do Ensino M?dio. No ensino superior, com a redu??o dos curr?culos, pela superespecializa??o e pelo progressivo ensino ? dist?ncia, ficou marginalizada. Sua face aplicada, por?m, parece ganhar novos contornos. A filosofia cl?nica j? ? uma realidade h? anos. E a revista Exame, em setembro de 2004, noticiara a contrata??o de fil?sofos por empresas de consultoria empresarial, como diferencial de mercado diante da abund?ncia de profissionais com MBA (Master Business Administration), e devido ?s preocupa??es ?ticas frente ao crescimento da algoritmiza??o e da intelig?ncia artificial. Surge o Corporate Philosopher (e sua varia??o, o Chief Philosophy Officer). Alguns anos depois, empresas do Vale do Sil?cio e de Portugal passaram a aderir ? inova??o, delegando ao fil?sofo construir tamb?m solu??es para a felicidade e o bem-estar organizacional. No Brasil, quando muito, organiza??es recorrem ao fil?sofo para palestras pontuais, demandando reflex?es motivacionais: este profissional ainda ? visto como essencialmente te?rico, pouco aderente ?s quest?es pr?ticas. Desejando estar inserida no contexto contempor?neo, a empresa, com o fil?sofo, se sustenta diante das demandas constantes, como inclus?o e diversidade, felicidade e bem-estar de colaboradores, lideran?a e desenvolvimento emocional, reconhecimento de diferen?as, acessibilidade, liberdade e igualdade, identidade institucional, ?tica e responsabilidade social, inova??o em m?todos e processos organizacionais, pr?ticas ESG (ambiental, social e de governan?a), compliance (conformidade), marca e reputa??o institucionais. Pretende-se, neste trabalho, fundamentar teoricamente essa atua??o a partir: a) de uma reflex?o filos?fico-psicanal?tica sobre a quest?o da identidade; b) do conceito de Cuidado de Si de Michel Foucault, numa perspectiva ?tico-est?tica que proporciona, n?o s? aos sujeitos, mas ?s organiza??es, um exerc?cio cont?nuo de self, em um trabalho permanente de inventar um estilo, como a ?est?tica da exist?ncia?, aliado ? ideia de autoconhecimento inserida no pensamento de Plat?o (especialmente na obra Alcib?ades I); c) da conjuga??o te?rica da ?tica da alteridade (Emmanuel Levinas), da ?tica da responsabilidade (Jean-Paul Sartre) e da ecosofia (F?lix Guattari) diante das demandas de uma cultura organizacional inserida na contemporaneidade; e d) da ideia de felicidade em Arist?teles, no estoicismo, no epicurismo e na psicologia positiva. Por fim, este trabalho demonstrar? tamb?m, a partir da experi?ncia em duas organiza??es (realizados basicamente como trabalho de campo experimental), quais as poss?veis atribui??es de um Corporate Philosopher, no contexto brasileiro, com a cria??o de um Programa de Gest?o da Felicidade?, especialmente em aten??o ? fun??o da filosofia, tal como preconizada por Foucault, a saber: questionar todos os fen?menos de domina??o e poder (de ordem paranoica) em qualquer n?vel e em qualquer forma com que eles se apresentem.