Desenvolvimento de um modelo experimental in vitro para o estudo da excitotoxicidade glutamat?rgica e do estresse oxidativo na neuromielite ?ptica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Ana Paula Bornes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Escola de Medicina
Brasil
PUCRS
Programa de P?s-Gradua??o em Gerontologia Biom?dica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8765
Resumo: O dist?rbio do espectro da neuromielite ?ptica (NMOSD) ? uma doen?a inflamat?ria/autoimune, caracterizada pela produ??o de autoanticorpos (IgG) contra o canal de ?gua aquaporina-4 (AQP4), uma prote?na altamente expressa na membrana celular de astr?citos. A liga??o AQP4-IgG induz a abertura da barreira hematoencef?lica, provocando astrocitopatia, destrui??o tecidual e desmieliniza??o em estruturas como os nervos ?pticos, medula espinhal, tronco cerebral e c?rtex. Sabe-se que os astr?citos s?o c?lulas que desempenha pap?is importantes no SNC, como regula??o da homeostase cerebral e de sinapses glutamat?rgicas. Portanto, qualquer dano astrocit?rio pode comprometer o funcionamento da c?lula e interferir em processos biol?gicos, como na capta??o de glutamato. A regula??o dos n?veis de glutamato extracelular ? realizada pelos transportadores de glutamato presentes em astr?citos. Quando estas c?lulas s?o danificadas, os n?veis de glutamato extracelular aumentam, e o neurotransmissor se torna t?xico para as c?lulas nervosas, conferindo excitotoxicidade e gerando estresse oxidativo. Por esta raz?o, acredita-se que al?m da intera??o ant?geno-anticorpo, a excitotoxicidade e o estresse oxidativo sejam fatores que podem estar relacionados a fisiopatologia da NMOSD. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um modelo experimental in vitro de NMOSD, utilizando astr?citos de 36 ratos adultos, a fim de investigar a influ?ncia da excitotoxicidade glutamat?rgica e do estresse oxidativo na NMOSD. Para tal, os astr?citos foram expostos a amostras de soro AQP4+ e IgG purificada oriundas de pacientes com NMOSD. A caracteriza??o do fen?tipo celular foi avaliada pela t?cnica de imunocitoqu?mica e os efeitos citot?xicos da exposi??o do soro AQP4+ e da IgG purificada nas culturas celulares foram avaliados pelo ensaio de viabilidade celular (MTT). A capacidade das c?lulas de captar glutamato e a rela??o do estresse oxidativo tamb?m foram avaliadas atrav?s dos testes de exposi??o com L-[2,3-3H] glutamato e DCFHDA. Os dados obtidos mostraram que os autoanticorpos contra a AQP4 s?o citot?xicos para os astr?citos principalmente para astr?citos expostos ao soro AQP4+ e a IgG purificada em altas concentra??es, prejudicando o transporte glutamat?rgico e induzindo a produ??o de oxidantes intracelulares. Neste trabalho, conclu?mos que os 6 autoanticorpos s?o delet?rios para astr?citos e capazes de induzir citotoxicidade. Al?m disso, prejudicam a capta??o de glutamato astrocit?ria e gera estresse oxidativo. Logo, pode-se inferir que estes fatores podem estar associados ao desenvolvimento de les?es no SNC observadas em pacientes com NMOSD.