Análise da factibilidade e segurança do transplante autólogo de células tronco de medula óssea em pacientes com epilepsia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Carrion, Maria Julia Machline lattes
Orientador(a): Costa, Jaderson Costa da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Medicina
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1595
Resumo: A Epilepsia do Lobo Temporal (ELT) é a manifestação convulsiva mais comum em adultos e que comumente se apresenta como uma síndrome refratária aos tratamentos farmacológicos. Alterações anatômicas e fisiológicas estão geralmente presentes em pacientes com ELT, como a atrofia hipocampal vista em estudos de RM. As células tronco mostraram ter a habilidade de regenerar estruturas hipocampais em modelos experimentais. O objetivo do presente estudo é avaliar a segurança e factibilidade de uma nova estratégia terapêutica - o transplante autólogo de células tronco mononucleares da medula óssea (CTMMO) no tratamento de pacientes com ELT com esclerose hipocampal unilateral refratária. Foram avaliados 9 pacientes adultos com diagnóstico de ELT confirmado por história clínica, RM com volumetria hipocampal, vídeo EEG prolongado para registro de crises e exames laboratoriais. Após consentimento informado e preenchendo todos os critérios de congruência para lateralidade, os pacientes foram submetidos ao transplante de CTMMO. O transplante de células tronco foi realizado através de arteriografia seletiva da artéria cerebral posterior infundindo-se de 1,51 x 108 a 5,51 x 108 células mononucleares. Nenhum efeito adverso significativo foi registrado durante o procedimento nem durante o tempo de seguimento. Três pacientes (44.5%) permaneceram na Classe IA de Engel, 04 na classe IB e 02 pacientes na classe IIA. Dados os resultados obtidos, concluímos que o transplante de CTMMO parece factível e seguro em pacientes com ELT refratária. O controle de crises alcançado nessa população nos dá um potencial terapêutico promissor no tratamento dessa população