Investiga??o do papel da Adenosina na suscetibilidade a crises convulsivas induzidas pela exposi??o ao etanol em peixe-zebra (Danio rerio)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul
Escola de Ci?ncias Sa?de e da Vida Brasil PUCRS Programa de P?s-Gradua??o em Biologia Celular e Molecular |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10942 |
Resumo: | O consumo de etanol est? inserido em muitas culturas ao redor do mundo. No entanto, seu consumo cr?nico adulto ou por gestantes pode levar a mudan?as transit?rias ou permanentes no sistema nervoso central (SNC). Esses dist?rbios na sinaliza??o neuronal podem culminar em epis?dios convulsivos. Nesse contexto, a sinaliza??o adenosin?rgica ? capaz de atuar como anticonvulsivante end?geno atrav?s da sua a??o neuromoduladora. As perturba??es dessa sinaliza??o podem acarretar altera??es na suscetibilidade a crises convulsivas conforme o est?gio de desenvolvimento em que a perturba??o ocorre e o tempo de exposi??o do agente perturbador. Esta tese compreende tr?s trabalhos experimentais que abordam diferentes aspectos da rela??o entre o sistema adenosin?rgico e a suscetibilidade a crises convulsivas associadas ? exposi??o ao etanol em diferentes fases do desenvolvimento em peixe-zebra. No primeiro trabalho, avaliamos a express?o e funcionalidade do receptor A1 de adenosina ao longo de tr?s fases de desenvolvimento: larval (6 dias p?s-fertiliza??o, dpf), adulta (8 meses p?s- fertiliza??o, mpf) e idosa (24 mpf). A funcionalidade do receptor A1 foi avaliada atrav?s da resposta lomocotora basal e da sensibilidade ao pro-convulsivante pentilenotetrazol (PTZ) ? adenosina e ao agonista r?gido CPA (N6- ciclopentiladenosina) em diferentes doses e concentra??es ao longo do desenvolvimento. O uso da adenosina pura n?o foi capaz de promover o conhecido efeito hipolocomotor, mesmo em concentra??es e doses altas, como 500 ?M para larvas e 6 mg.Kg-1 para adultos, respectivamente. O CPA promoveu hipolocomo??o em larvas a partir da concentra??o de 100 ?M e para adultos a partir da dose de 20 mg.Kg-1. O efeito anticonvulsivante do CPA foi alcan?ado nas doses de 75 ?M para larvas e 10 mg.Kg-1 para adultos. A express?o g?nica relativa do receptor A1 de adenosina aumentou 9,3 e 8,4 vezes em animais de 8 e 24 mpf em rela??o as larvas de 6 dpf, respectivamente. No segundo manuscrito, avaliamos o envolvimento da adenosina na suscetibilidade ? convuls?o de animais adultos ap?s a exposi??o e a abstin?ncia ao etanol. Animais adultos foram submetidos diariamente por uma hora ao etanol (0,5%) por 16 dias (exposi??o cont?nua) ou por 8 dias seguidos de 8 dias ou 1 dia de abstin?ncia ao etanol. A sensibilidade ? convuls?o foi demonstrada pelo aumento do n?mero de animais atingindo convuls?es t?nico-cl?nicas nos grupos abstidos de etanol (1 ou 8 dias) mesmo em dose subconvulsivante de PTZ. O CPA foi capaz de prevenir o desenvolvimento destas crises convulsivas nos animais abstidos de etanol na dose de 10 mg.Kg-1. A avalia??o da express?o de g?nica dos receptores A1 e A2aa/A2ab de adenosina e da enzima ecto-5?-nucleotidase em enc?falo, revelou que o grupo abstido (1 dia) teve a express?o g?nica do receptor A1 reduzida em rela??o aos demais grupos. No terceiro trabalho, avaliamos a suscetibilidade ?s crises convulsivas em animais submetidos a um modelo de S?ndrome Alco?lica Fetal e o poss?vel envolvimento da adenosina. Para isso, foi feita uma exposi??o ?nica a 1% de etanol em embri?es de peixe-zebra entre 24 e 26 horas p?s-fertiliza??o. A suscetibilidade a convuls?es induzidas por PTZ e o efeito anticonvulsivante do CPA foram avaliados em larvas de 7 dpf e adultos de 3 mpf. A exposi??o embrion?ria ao etanol n?o foi capaz de aumentar a suscetibilidade ? crise convulsiva, visto que o n?mero de animais convulsionando n?o diferiu entre os grupos tratado e controle. No entanto, para os est?gios convulsivos alcan?ados no est?gio larval, est?gios I e II, a lat?ncia (I e II) e a dura??o (I) diferiram entre os grupos, indicando uma maior sensibilidade nos animais expostos ao etanol. Na idade adulta, a exposi??o embrion?ria ao etanol n?o alterou o n?mero de animais atingindo est?gios convulsivos, bem como a lat?ncia ou dura??o destes est?gios. Estes resultados contribuem para a import?ncia da manuten??o do curso normal da modula??o adenosin?rgica ao longo do desenvolvimento, em especial do papel do receptor A1 de adenosina no contexto da sensibilidade ao etanol, bem como da contribui??o da adenosina para o aumento da sensibilidade ? convuls?o em indiv?duos adultos abstidos de etanol. |