Utilização do espaço arbóreo no forrageio por leptasthenura setaria (Temminck, 1824) e l. striolata (Pelzen, 1856) (furnariidae, aves) em floresta ombrófila mista montana no Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Joenck, Cristian Marcelo lattes
Orientador(a): Bicca-marques, Júlio César lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zoologia
Departamento: Faculdade de Biociências
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/201
Resumo: Segundo vários autores, os furnariídeos L. setaria (grimpeiro) e L. striolata (grimpeirinho) apresentam uma forte associação com a Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná). Neste estudo, testa-se as hipóteses de associação e dependência da A. angustifolia e avalia-se o grau de sobreposição do nicho trófico destes furnariídeos. Durante o período de novembro de 2003 a agosto de 2004 o comportamento destas espécies foi estudado através do método animal-focal em três transectos em áreas com diferentes níveis de intervenção antrópica (alterada, conservada e plantio) no nordeste do Rio Grande do Sul. As variáveis analisadas foram número de indivíduos forrageando, espécies e estruturas vegetais inspecionadas, altura de forrageio e dos espécimes vegetais visitados e distância percorrida entre outras. Leptasthenura setaria forrageia aos pares e algumas vezes em pequenos grupos, possui uma forte tendência em forragear em A. angustifolia, preferencialmente na parte superior da copa, e o seu substrato de forrageio preferencial são os ramos/grimpas verdes desta conífera. Por outro lado, L. striolata tende a forragear solitária em ramos verdes de espécies arbustivas (p. ex., Baccharis sp.). Leptasthenura setaria e L. striolata divergem em vários aspectos de sua ecologia alimentar, o que pode facilitar a sua coexistência. Enquanto a conservação de L. setaria parece estar relacionada às florestas com araucária, o mesmo não ocorre com L. striolata. As informações deste trabalho poderão auxiliar na elaboração de planos de manejo para a conservação destes furnariídeos.