O impacto do aleitamento materno exclusivo no desenvolvimento de asma e atopia em adolescentes de Uruguaiana, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Denise Rizzo Nique da lattes
Orientador(a): Stein, Renato Tetelbom lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Departamento: Faculdade de Medicina
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1328
Resumo: OBJETIVO: Investigar a relação entre aleitamento materno e introdução da alimentação complementar com o desenvolvimento de asma em uma população de baixa renda do Sul do Brasil. MÉTODOS. Foi realizado um estudo transversal com uma amostra de 908 adolescentes de Uruguaiana, RS, com idade entre 10 e 16 anos. Asma e sintomas relacionados foram definidos através do questionário ISAAC-phase II (International Study of Asthma and Allergies in Childhood). As variáveis de desfecho foram asma, asma grave, sibilância e atopia. O consumo alimentar na primeira infância foi avaliado através do questionário de consumo alimentar no primeiro ano de vida. RESULTADOS: Foram estudados 908 adolescentes, sendo 50% (n = 454) do sexo feminino. A média de idade foi de 12,58 anos. O aleitamento materno foi exclusivo por quatro meses em 11,6% da população estudada. Em relação à introdução da alimentação complementar, 84,6% das crianças já haviam consumido chá aos 4 meses de idade. As frutas também foram introduzidas precocemente em 75,9% das crianças. O desfecho de maior prevalência foi a sibilância com 33,8%, seguido de atopia (13,7%), asma (13,0%) e por fim asma grave (9,4%). A análise bruta e ajustada referente à associação entre alimentação no primeiro ano de vida e os desfechos clínicos não demonstrou nenhuma associação significativa entre aleitamento materno e sintomas respiratórios ou atopia. Utilizando os desfechos asma e atopia não houve diferença entre as variáveis de exposição. Em relação ao desfecho sibilância, a introdução da alimentação sólida antes dos quatro meses de idade, representou proteção, com odds ratio de 0,67 (IC = 0,47 0,97). CONCLUSÕES. Nesta população de baixa renda, não foi evidenciada associação protetora do aleitamento materno exclusivo ou do período da introdução da alimentação complementar em relação a sintomas respiratórios na infância e adolescência.