Níveis de stress e depressão em estudantes universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Rios, Olga de Fátima Leite
Orientador(a): Vasconcellos, Esdras Guerreiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica
Departamento: Psicologia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/15516
Resumo: O ser - humano tem sido exposto freqüentemente a inúmeras situações às quais precisa se adaptar - demandas e pressões externas vindas da família, do meio social, do trabalho/escola ou meio ambiente -, além de ser cobrado nas responsabilidades, obrigações, autocrítica, dificuldades fisiológicas e psicológicas. Estes são os fatores que têm levado a dois males da atualidade: stress e depressão. Pesquisas brasileiras sobre o stress, depressão e a relação dos seus sintomas , com o desempenho acadêmico e a vida de universitários ainda são escassas comparativamente à produção científica internacional sobre o assunto, apesar do incremento apresentado nos últimos anos. Sabe-se que a vida acadêmica aproxima o estudante das exigências da sociedade no que concerne à atuação profissional e cidadã, exigindo a eficácia, adaptação às novas situações e o lidar com a pressão e aceitação externas. Acredita-se que a graduação tenha ficado mais estressante, mais competitiva, e as pessoas têm dificuldades para financiá-la. Por isso, muitos alunos são obrigados a conjugar o trabalho com o estudo. Tanto o stress quanto a depressão influenciam na produção e desempenho acadêmico dos estudantes, pois debilitam a capacidade de raciocínio, memorização, motivação e interesse do jovem com relação ao processo ensino-aprendizagem. A proposta deste trabalho é correlacionar os índices de stress com a intensidade de depressão em universitários. Este estudo ocorreu em um Centro Universitário, uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada. Nesta pesquisa, participaram 85 acadêmicos dos cursos de Ciências Biológicas, Educação Física e Enfermagem. Todos de ambos os sexos e com faixa etária entre 17 e 41 anos, pertencentes aos turnos diurno e noturno. Com o suporte teórico obtido da revisão de literatura, procedeuse a utilização dos seguintes instrumentos de investigação: o Termo de Consentimento Livre Esclarecido, o Questionário Sócio-demográfico, a Lista de Sintomas de Stress LSS/VAS, e Beck Depression Inventory BDI, os quais foram submetidos à análise estatística e posterior confecção dos gráficos. Para isto, utilizaram-se os seguintes programas: Graph Pad PRISM3 version 3.02., Microsoft Office Excel 2004, e Qui-quadrado para o cálculo de significância. Esta análise verificou o nível geral de stress e a intensidade de depressão da amostra total, bem como a relação entre os níveis de stress e a intensidade de depressão da amostra total com as variáveis sócio-demográficas; identificou os sintomas mais e menos freqüentes de stress na amostra total e por curso; verificou em quais dimensões (fisiológica, emocional, cognitiva e social), se concentra o maior nível de stress dos acadêmicos; verificou a correlação entre as principais variáveis. A amostra geral demonstrou estar no Nível Geral de Stress Médio-Alto. A dimensão de stress que mais sobrecarrega os sujeitos é a Emocional. Verificou-se também que 60% da amostra geral não apresentaram depressão e 40% têm depressão leve e moderada. Os sintomas de depressão apontam para a tendência a irritar-se, ao cansaço, alto nível de exigência pessoal, preocupação com problemas físicos e sentimento de tristeza. A correlação entre stress e depressão encontrada nesta amostra é negativa. Estudos mais aprofundados são essenciais para a compreensão do stress e, principalmente, da depressão em estudantes universitários