Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Micheletto, Nilza
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Orientador(a): |
Guedes, Maria do Carmo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17329
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Resumo: |
A partir da comparação da produção de Skinner nas décadas de 30 e de 80, busca-se identificar as propostas metodológicas que orientam o sistema explicativo skinneriano nestes períodos, destacando sua concepção em relação à ciência, ao papel do pesquisador, aos procedimentos adotados para a produção de conhecimento, bem como a concepção skinneriana em relação a seu objeto de estudo - o comportamento. Argumenta-se que mudanças nas propostas de Skinner estão relacionadas à substituição do modelo de ciência adotado para a ciência do comportamento. Na década de 30 o modelo de ciência que orienta Skinner é o das ciências fisicoquímicas, enquanto que na década de 80 é o das ciências biológicas. Ao estabelecer seu programa de pesquisa para a análise do comportamento, Skinner propõe um sistema explicativo que de certos pontos de vista se afasta do mecanicismo. Em 1931, Skinner adota supostos que orientam sua ciência e a definição da unidade de estudo dessa ciência que são semelhantes aos critérios adotados por pensadores como Mach e Bridgman, que combatiam o mecanicismo com propostas de uma nova concepção do objeto de estudo científico e de sua determinação. A adoção por Skinner do conceito de reflexo - definido como correlação observada entre estímulo e resposta -como unidade de estudo da ciência do comportamento, em 1931, revela este afastamento do mecanicismo, mas a própria noção de reflexo mantém o suposto mecanicista de um estímulo eliciadorna descrição da relação que o organismo estabelece com o ambiente. Em 1937, ao postular a noção de comportamento operante - um tipo de relação organismo-ambiente em que o ambiente não opera como estímulo que provoca a resposta, mas uma relação em que o ambiente opera a partir das consequências produzidas pela resposta, Skinner a um só tempo se afasta ainda mais do mecanicismo e afirma uma relação entre organismo e ambiente em que o organismoao se comportar é visto como produtor de mudanças ambientais. Na década de 80, encontra-se um novo modelo de ciência orientando a explicação de Skinner do comportamento - o modelo das ciências biológicas, baseado nos supostos da teoria de evolução por seleção natural de Darwin. O comportamento é explicado por uma nova noção da causalidade específica dos organismos vivos - a noção de seleção por consequências que opera sobre o comportamento humano em três níveis: filogenético, ontogenético e cultural. Skinner fundamenta sua explicação do comportamento em dois supostos da teoria da evolução: variação e seleção. O ambiente opera sobre o comportamento, selecionando-o a partir de suas consequências. Como em Darwin, a variabilidade torna-se condição necessária para a sobrevivência. Com este princípio causal, Skinner supera o mecanicismo e o finalismo na explicação do comportamento humano. Variabilidade e seleção tomam-se supostos importantes também para a discussão do papel e dos determinantes do comportamento do cientista. A produção de variabilidade se estabelece como papel da ciência que, como qualquer comportamento, é selecionada a partir de suas conseqüências. A noção de controle é entendida como planejamento de novas contingências que se estabelecem como variações que devem se submeter à seleção |