A transição do quinto para o sexto ano nas escolas públicas da rede estadual paulista, na perspectiva de alunos, professores e gestores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Borges, Renata Sales de Moraes lattes
Orientador(a): Almeida, Laurinda Ramalho de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/23793
Resumo: Esta pesquisa, de abordagem qualitativa, teve como objetivo geral compreender o que pensam e sentem alunos, professores e gestores sobre a transição do quinto para o sexto ano do ensino fundamental e, a partir desse levantamento, propor caminhos para que gestores e professores auxiliemos alunos nesse processo.A partir do objetivo geral, desdobraram-se os seguintes objetivos específicos: identificar o que pensam e sentem os alunos que já fizeram a transição e encontram-se nos anos finais do ensino fundamental; compreender como e se o exercício da autonomia é trabalhado com esses alunos nos anos iniciais do ensino fundamental; entender de que forma os alunos expressam seus sentimentos e como lidam com eles no contexto escolar; buscar elementos que revelem o que professores e gestores que atuam nos anos iniciais enos anos finais do ensino fundamental pensam sobre a transição do quinto para o sexto ano; construir coletivamente possibilidades para que o enfrentamento dessa transição seja o menos impactante possível na vida dos educandos. A realização da pesquisa justificou-se pela necessidade de se buscarem caminhos que amenizem a transição do quinto para o sexto ano dos alunos da rede estadual paulista, a fim de que esse rito de passagem seja menos impactante, tanto para os alunos como para os professores de ambos os segmentos. O quadro teórico selecionado para fundamentar a pesquisa constituiu-se das concepções de Wallon (2007) e Mahoney e Almeida (2005) sobre as relações afetivas que permeiam a relação professor-aluno; de Formosinho, Lima e Sousa (2016), acerca dastransições entre ciclos educativos; de Casassus (2009), sobre educação emocional; de Davis et al. (2012) e Freire (1996), acerca da adolescência e da autonomia do educando, dentre outros autores, além de documentos legais relacionados à educação e à transição do quinto para o sexto ano. Participaram desta pesquisa seis alunos dos anos finais e 12 profissionais da educação, sendo oito professores –quatro dos anos iniciais e quatro dos anos finais –e quatro gestoras –uma vice-diretora, duas coordenadoras pedagógicas e uma supervisora de ensino. A coletados dados foi realizada por meio de grupos de discussão e questionários.Para a análise, utilizou-se a análise de prosa (ANDRÉ, 1983). Dentre os resultados, destacaram-se: a importância das relações afetivas no contexto educacional; a expectativa de alunos, professores e gestores em relação ao momento da transição; a falta de conhecimento dos alunos da estrutura física da escola de anos finais e da dinâmica desse segmento; a ausência de políticas públicas direcionadas à transição; a ausência de práticas pedagógicas voltadas para o acolhimento dos alunos ingressantes nos anos finais e a falta de colaboração dos professores dos anos iniciais nesse rito de passagem. Tais resultados permitem concluir que existem caminhos possíveis para se amenizar o impacto da transição do quinto para o sexto ano, mas que se faz necessário estabelecer um diálogo pontual e formativo nos dois segmentos, para que a viabilização de algumas práticas deixe o campo das possibilidades e torne-se real