A economia solidaria como politica publica : uma tendencia de geracao de renda e ressignificacao do trabalho no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Barbosa, Rosangela Nair de Carvalho
Orientador(a): Yasbek, Maria Carmelita
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social
Departamento: Serviço Social
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17546
Resumo: Esta pesquisa examina a política pública de economia solidária em processo de constituição no âmbito do Governo Federal brasileiro. Documentação e eventos envolvendo Secretaria Nacional de Economia Solidária, Fórum Brasileiro de Economia Solidária e Rede Brasileira de Sócio-Economia Solidária foram as principais fontes de investigação. Os sentidos sociais da política são abordados em relação às transformações do trabalho e a incapacidade histórica do segmento economia solidária independer das necessidades capitalistas. A cooperação democrática e a solidariedade entre trabalhadores é requerida nas narrativas demonstrando distinção com outras propostas de geração de renda não regulamentada. Todavia, não apresentam condições históricas para se contraporem a vida mercantil e tão pouco para ampliarem acesso aos fundos públicos. A mortalidade das cooperativas populares é recorrente em razão da dificuldade para integração mercantil. A pouca tradição formativa e informativa no tema entre os trabalhadores também é relacionada como um problema. A gestão da Secretaria Nacional se baseia principalmente na regulamentação das atividades, inventário das práticas existentes e fomento a limitadas ações produtivas. A inflexão na tradição das lutas sociais em detrimento do confronto público se expressa no material da pesquisa. Verifica-se ainda o fetiche da retórica sobre a liberdade e autonomia dos trabalhadores em atividades produtivas deslocadas das relações com empresas ou de trocas no mercado. Paradoxalmente, o apoio a economia solidária, esclarece a participação ativa do Estado na queda da perspectiva do emprego regulamentado, somando motivos para ampliação da inversão privada de riqueza na cena pública brasileira.