A questão da religião em A. Comte: uma periodização da sua vida e do seu pensamento a respeito da religião

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Tiski, Sergio lattes
Orientador(a): Giacóia Júnior, Oswaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento: Filosofia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/11817
Resumo: O ponto mais avançado, mais maduro, mais sintético, e de maior sabedoria ao qual A. COMTE julgou ter chegado, foi a fundação da sua religião da humanidade, um humanismo religioso sem Deus sobrenatural, que seria a teoria para a sociedade industrial e científica, isto é, terrestre e positiva . Este deve ser o pano de fundo para a compreensão do positivismo comteano. A questão da religião ocupa toda a sua vida e pensamento: destruindo e substituindo o sobrenaturalismo, e, por fim, propondo um terrestrismo e positivismo também religiosos. A questão da religião, em A. COMTE, envolve necessariamente todas as outras. Mas a discussão e a crítica da questão da religião em A. COMTE exigem a mais precisa periodização possível a respeito da sua vida e do seu pensamento em relação à religião. É o que procuramos localizar neste nosso trabalho, partindo do que ele escreve e do que transparece indiretamente nos seus escritos. A clara periodização, colocando precisamente a questão, contribui, desde logo, para a discussão e a crítica, impedindo as afirmações abertamente insuficientes, e facilitando a localização das afirmações obviamente verdadeiras. A nossa tese é a de que A. COMTE percorreu quatro períodos em relação à religião ao longo de sua vida: o primeiro período, católico, se estende de 1798 até em torno de 1812; o segundo, antimonárquico e anticlerical, de 1812 a 1817; o terceiro, anti-sobrenaturalista, antiteísta, antiteologista e anti-religioso, de 1817 a 1848; e o quarto, anti-sobrenaturalista e religioso de uma religião imanentista, sem Deus sobrenatural, de 1848 a 1857. Tratou-se da divinização da humanidade, ou, da transformação do seu humanismo em humanismo religioso