Alteridade e libertação: sobre a condição de ser sujeito em Enrique Dussel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Pedroso, Edson Adriano
Orientador(a): Cintra, Benedito Eliseu Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Departamento: Filosofia
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/11722
Resumo: Este trabalho aborda a questão da idéia de sujeito em Enrique Dussel a partir do horizonte de seu pensar que vem se desenvolvendo há praticamente 30 anos. Nossos esforços procuram apresentar como, no desenvolver de suas reflexões, Dussel permite considerar a condição de ser sujeito de libertação confrontada com a tradição filosófica ocidental e as perspectivas que afirmam a morte do sujeito histórico. Dussel considera a ineficiência da tradição filosófica em abordar a materialidade da vida do indivíduo nas conformações sociais decorrentes em cada época histórica. Tematiza filosoficamente uma antropologia implícita na tradição semita que permite postular uma co-determinação do aspecto material e formal do ser humano. A produção, reprodução e desenvolvimento da vida são critérios éticos que inauguram as relações humanas em sociedade, todavia, por estarem inscritos na complexidade do processo civilizatório em dimensões pulsional, racional, empírica e dialógica, quem cumpre com estes critérios intenta um ato de bondade, frente a um sistema que se reproduz por relações de opressão. A partir das vítimas, Dussel estabelece que o sujeito como ator social deve superar as pulsões de autoconservação individual e confrontar criticamente todo sistema histórico vigente. Porém, ressalta que o reconhecimento da dignidade da vítima não é suficiente para a realização de um ato, instituição ou sistema, eticamente bons. Para tal fim é necessário consenso intersubjetivo com validade moral e factibilidade ética. Para Dussel, ser sujeito de libertação é poder manejar estas condições