[pt] O FIM DAS EXPLICAÇÕES: COMO UMA REGRA SE LIGA COM SUAS APLICAÇÕES: O PROBLEMA DA DETERMINAÇÃO INFINITA NA FILOSOFIA DO SEGUNDO WITTGENSTEIN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: CAMILA APARECIDA RODRIGUES JOURDAN
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=6707&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=6707&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.6707
Resumo: [pt] A dissertação relaciona as considerações sobre seguir regras com as críticas ao tratamento extensional do infinito como uma totalidade atual no segundo Wittgenstein. No primeiro capítulo, são apresentadas as críticas de Wittgenstein ao padrão mentalista de solução para determinação do significado, elucidando- se a seguir o que considera-se o cerne do Argumento da Linguagem Privada. A partir disso, argumenta-se que a solução comunitarista, formulada em termos da confirmação de um padrão independente, não pode ser coerentemente atribuída a Wittgenstein. No segundo capítulo, a antinomia histórica entre o infinito pensado como potencial ou como atual é introduzida. São apresentados alguns elementos dos tratamentos propostos por Cantor e Dedekind e, a seguir, as críticas que Wittgenstein faz aos mesmos. No terceiro capítulo, a associação das críticas de Wittgenstein ao tratamento do infinito como uma atualidade extensional com a questão da generalidade lingüística é explorada, e o caráter normativo que Wittgenstein atribui às proposições matemáticas é ressaltado. Mostra-se que, para Wittgenstein, a diferença conceitual entre finito e infinito expressaria a diferença entre contextos empíricos e gramaticais. O infinito, enquanto expressão da generalidade, não poderia ser tratado como passível de descrição extensional sem acarretar confusões, mas só poderia ser pensado no âmbito normativo, enquanto regra. Retorna-se então à questão da determinação de uma regra no contexto da discussão sobre as provas matemáticas e analisa-se a noção de surveyability. No quarto capítulo, considera-se a noção de semelhança de família. Ressalta-se então os pontos centrais da estratégia de Wittgenstein para o problema da determinação de uma regra: o abandono da extensionalidade e da univocidade do significado. Ao invés de classes ou elementos primariamente determinando a relação entre as instâncias de uma regra, teríamos antes a própria relação constituindo tais instâncias, e esta relação interna seria estabelecida na própria prática de emprego linguístico. Finalmente, na conclusão, elabora- se uma reconsideração do que foi desenvolvido a partir das relações entre generalidade e circularidade.