[en] DIONYSIUS, THE AREOPAGITE AND NAGARJUNA: THE UNSPEAKABLE IN THE WEST AND THE EAST

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: BRUNO CARRICO DE AZEVEDO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52549&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52549&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52549
Resumo: [pt] Esta dissertação investiga o uso de discursos apofáticos como ferramentas epistemológicas nas situações em que a linguagem parece alcançar seus limites, com ênfase especial no contexto místico-religioso. Como falar de Deus, compreender a natureza última da realidade ou conceber o que havia “antes” da origem do universo? Tanto místicos, religiosos e poetas quanto filósofos, físicos e cosmólogos lidam com questões como essas há bastante tempo. Ao longo da história, a linguagem catafática (afirmativa) pareceu a muitos destes não dar conta de respondê-las; e, percebendo-a como insuficiente, as grandes religiões, em especial, adotaram um tipo de discurso que veio a ser conhecido como discurso apofático, ou via negativa. A fim de examinar algumas técnicas de negação empregadas por místicos e contemplativos diante das dificuldades que encontram para falar sobre o inefável, esta dissertação contrasta as obras de duas figuras centrais em suas respectivas tradições religiosas: Teologia Mística, do cristão Dionísio Areopagita, e Fundamentos do Caminho do meio, do budista Nagarjuna - textos conhecidos por levarem a negação ao extremo. Por meio dessa comparação, e apoiando-se, principalmente, nos comentadores Denys Turner, Eric Perl e Giuseppe Ferraro, este estudo aponta e discute diferenças significativas entre as linguagens negativas empregadas nas duas obras. Discute por fim, de modo pontual, como esses discursos se relacionam com contrapartes e paralelos contemporâneos, como o pensamento filosófico de Jacques Derrida e as descobertas da física moderna no início do século XX.