[en] ON MUSICAL TEMPORALITY

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: VICTOR DI FRANCIA ALVES DE MELO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45972&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45972&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.45972
Resumo: [pt] Este trabalho pretende oferecer uma nova abertura para a temporalidade a partir da escuta musical e, por meio desta, alargar as considerações filosóficas sobre o tempo. Tal abertura é acessada quando, primeiramente, são questionados alguns dos modos de compreensão da temporalidade concebidos ao longo da história da Filosofia em sua relação prioritária com o sentido da visão; e, em segundo lugar, quando discorremos sobre como os músicos experimentam e compreendem aquilo que denominam por tempo musical. Perseguindo esses propósitos, esta tese empreendeu um conjunto de discussões filosóficas sobre a temporalidade (Zeitlichkeit), as tonalidades afetivas (Befindlichkeit/Stimmung) e a finitude (Endlichkeit) tendo como referência a obra de Martin Heidegger, filósofo que contribuiu significantemente para o alargamento das considerações sobre a questão do tempo. Todavia, conforme a tradição do pensamento filosófico, Heidegger esteve também ele próximo daquilo que este trabalho chamou como primado da visão, cuja origem remonta, segundo esta tese, aos escritos de Homero, de Platão e de Aristóteles. Por esse motivo, a fim de nos afastarmos do paradigma visual e nos situarmos próximos à escuta da temporalidade musical, tivemos também de questionar algumas das considerações heideggerianas, o que nos levou, indiretamente, às perguntas acerca da espacialidade do espaço, sobre o si-mesmo (Selbstheit) e sobre sensação (Empfindung), conforme discutidos em Ser e Tempo. Como forma de auxílio aos propósitos musicais desta tese, textos sobre teoria da música escritos por Arnold Schoenberg, Bohumil Med e Maria Luisa Priolli embasaram as discussões sobre a temporalidade musical e nos ajudaram a investigar, juntamente com o texto A Questão da Técnica, também de Heidegger, o privilégio dado à visão na produção bibliográfica proveniente das academias de música.