[pt] VALORAÇÃO DO CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES: PERCEPÇÕES DOS INDIVÍDUOS E IMPACTOS NAS PRÁTICAS ORGANIZACIONAIS
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23561&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23561&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.23561 |
Resumo: | [pt] O estudo objetiva apresentar proposições teóricas acerca dos diferentes modos pelos quais os membros organizacionais percebem e experimentam a valoração do conhecimento no contexto do trabalho, e seus impactos nas práticas organizacionais. O Método Fenomenográfico buscou a compreensão mais ampla do fenômeno por meio da variação nos modos dos indivíduos em conceber partes desse fenômeno (MARTON, 1981; MARTON e BOOTH, 1997; SANDBERG, 2001). As concepções foram organizadas em categorias inclusivas e ordenadas no Mapa do Espaço de Resultado. Adicionalmente, foi conduzido um grupo de foco com entrevistados para obter validade interna do Mapa do Espaço de Resultado. Para o estudo, foram realizadas 22 entrevistas em profundidade, com profissionais de Recursos Humanos. Delas, emergiram cinco concepções relativas ao fenômeno de valoração do conhecimento nas organizações, da mais estreita à mais ampla: Aplicação no Trabalho, Consideração do Trabalho-Indivíduo, Realização do Indivíduo no Trabalho, Transformação do Trabalho e do Indivíduo, Criação Emergente para a Vida. As concepções constituíram-se em um continuum fluido, bidirecional e transitório, demonstrando ser acessadas pelos indivíduos de modo mais dinâmico e ativo do que o exposto no método. A Fenomenografia revelou a construção social da valoração do conhecimento, enquanto a Sociologia da Associação (LATOUR, 2012), inserida no enfoque do conhecer (knowing) na prática e na ação (GHERARDI, 2002; 2006; ORLIKOWSKI, 2000; PATRIOTTA, 2003a), comportou a dimensão explicativa. As práticas organizacionais foram abordadas pela perspectiva das rotinas inseridas na ação (FELDMAN e ORLIKOWSKI, 2011; FELDMAN e PENTLAND, 2003; PARMIGIANI e HOWARD-GRENVILLE, 2011). Dentre os achados propostos, emergiram: As diferentes dimensões de interação social (pares, alta gestão, liderança e organização) exercem influências distintas nas concepções de valoração do conhecimento, devido às percepções do indivíduo e à consequente importância atribuída a esses níveis/grupos. A organização e seus mediadores diretos exercem maior influência sobre o conhecimento valorado a ser adotado pelos membros organizacionais. A identificação com a identidade organizacional (ASHFORTH et al., 2008; CORLEY et al., 2006) é um mecanismo pelo qual os indivíduos expressam o alinhamento entre sua concepção de conhecimento de valor e o conhecimento valorado pela organização. Decorrem desse aspecto, mecanismos de poder sutis ou declarados. Para cada tipo de arranjo organizacional encontrou-se uma concepção dominante de valoração do conhecimento, dado que a construção relacional, resultante das interações entre os atores daquele coletivo, produz tanto a forma de conceber a organização como o conhecimento valorado nela; constrói ainda o que é ser um profissional competente e as regras de viver nesse arranjo. Sugere-se que o conhecimento nas organizações seja um fenômeno relacional, único e indissociável entre conhecimento individual-organizacional (ELKJAER, 2003; LATOUR, 2012). Por fim, a valoração do conhecimento no contexto do trabalho demonstra ser um fenômeno preponderantemente autorreferencial e autorreproduzido nas organizações, onde pouco do conhecimento valorado incorpora-se nas práticas organizacionais. O estudo aponta caminhos para a inclusão do conhecimento do indivíduo, pleno em suas potencialidades, nas organizações. |