[pt] INVESTIMENTO OU GASTO? OS SENTIDOS SOCIAIS DO CONSUMO DE BENS E EXPERIÊNCIAS ESCOLARES EXTRA-MENSALIDADE
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46765&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46765&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46765 |
Resumo: | [pt] A presente pesquisa buscou compreender os sentidos sociais destes gastos extra-mensalidade na comunidade escolar, investigando também a existência ou não de estratégias para contornar possíveis situações de exclusão. Como referencial teórico principal recorremos ao conceito de special monies, de Zelizer; conceitos de Bourdieu, Lahire e Lareau também inspiram o trabalho. A opção metodológica foi por uma pesquisa de cunho qualitativo, ancorada em dois instrumentos: observação e entrevistas. O campo foi realizado em uma escola da zona oeste do Rio de Janeiro em 18 visitas de observação participante, focadas no primeiro segmento do Ensino Fundamental. Em seguida, foram realizadas entrevistas semiabertas com profissionais da escola e com famílias de crianças matriculadas no segmento em questão, de diferentes colégios. Foi possível perceber, na escola observada, a construção de hierarquias sociais baseadas em uma percepção pessoal do engajamento alheio. Nesse contexto, a disposição a realizar investimentos financeiros é lida como uma expressão do investimento emocional, tanto dos pais quanto das professoras. Os resultados apontam para a existência de um discurso generalizante que resulta em invisibilização das ausências de alunos que poderiam ser motivadas por impossibilidades financeiras e para o estabelecimento de um contrato implícito por parte da escola, que compreende que a opção por uma escola privada é, em última instância, a opção por uma educação privada. Assim, as mensalidades representariam apenas o valor mínimo mensal a ser investido, e gastos extras seriam, na verdade, previstos. Já por parte dos pais, o dinheiro destinado à educação de fato aparece como um special money, um valor que justifica esforços, e os dados indicam que os gastos mais incômodos seriam aqueles não respaldados por justificativas pedagógicas. |