[pt] CARTOGRAFIAS NA CULTURA DIGITAL: ROTAS E DESVIOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: CAMILA WIELMOWICKI UCHOA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64556&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=64556&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.64556
Resumo: [pt] O estudo dos mapas sempre foi importante para a compreensão e a construção dos espaços ao longo dos tempos. Se nos primórdios da ciência o Homem entendia seus caminhos delimitados pelos astros no céu, a cartografia materializou essas rotas expressas pelo papel, não só pelos traçados, como também pelas fotografias. Com a modernidade e suas novas tecnologias, o ritmo de vida se tornou mais acelerado, as distâncias entre os territórios foram, de certa maneira, encurtadas, e a observação do mundo passou a acontecer também com a superposição entre as imagens analógicas e o mundo digital. A cartografia ganhou assim um novo espaço – o virtual - alterando as percepções sobre os territórios reais e a experiência urbana da Contemporaneidade. Nesse sentido, a tese parte de exemplos de obras de arte que aliam a cartografia com o regime pós-fotográfico das telas dos computadores e aparelhos eletrônicos, a janela de observação do mundo hoje, buscando compreender a potência dessa junção entre a arte, a cartografia e o digital. É importante ressaltar que os trabalhos escolhidos para composição do corpus apresentam não somente rotas delineadas, mas também os desvios dessas rotas, que trazem a possibilidade do conhecimento dos espaços de maneira desordenada, mais livre, através do acaso, do perder-se nos caminhos para encontrar o inesperado e assim também novas significações para esses espaços. Serão analisados, por exemplo, mapas afetivos como a coleção de cartas Queria ter ficado mais, da Lote 42 (2014), com relatos de mulheres e desenhos de lugares que representam experiências singulares em diferentes cidades, além de plataformas digitais que tornam possível o conhecimento das cidades de modo virtual, como o site Drive and listen (2020), os mapas virtuais do Ditamapa, que apresentam lugares da memória ligados à ditadura de 1964 no Brasil, assim como o vídeo Nunca é noite no mapa (2016) de Ernesto de Carvalho, que traz o confronto entre as imagens do Google maps e a própria existência do autor dentro do mapa, e a obra How not to be seen (2013) da artista alemã Hito Steyerl que coloca em evidência o controle e vigilância dos corpos pela tecnologia, entre outros.