[pt] AS MATRIZES DISCURSIVAS DO PENSAMENTO DE SADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: DANIEL WANDERSON FERREIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16649&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16649&idi=2
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16649&idi=3
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16649
Resumo: [pt] Esta tese se propõe examinar os fundamentos sociais e históricos do pensamento de Donatien-Alphonse-François, mais conhecido como Marquês de Sade (1740-1814). Por meio de uma descrição dos regimes discursivos relacionados com uma visão do corpo na França, a constatação da descontinuidade histórica entre as formas enunciativas eróticas, libertinas e pornográficas tornou-se evidente e nos permitiu uma compreensão melhor dos primeiros vínculos sociais e filosóficos dos textos de Sade com o mundo do Antigo Regime. De igual maneira, verificamos mudanças nas formas de compreensão de seus textos; isso em virtude da consolidação de uma imagem de perversidade ligada ao Marquês de Sade e que, acreditamos, guiou a leitura histórica de sua herança crítica desde o século XVIII. Observamos também as preferências de leitura de Sade, o diálogo que ele realizou com seus contemporâneos e suas escolhas de formas de escrever. Acreditamos que tudo isso contribuiu para que ele interpretasse a França e a história por meio de ideias conservadoras, que se traduziram em um pensamento atravessado por algumas apostas céticas de que a vida e a faculdade de julgamento são engendradas em cada situação. Este conservadorismo sugere também possíveis relações de Sade com as concepções populares de corpo e natureza, para as quais há simetria entre o bem e o mal, sendo a vida e a história resultado desse esforço de equilíbrio.