[en] CHILDHOOD AND CHILDHOODS: NARRATIVES OF ABANDONMENT IN FICTION AND IN REAL LIFE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: CARLA E SZAJDENFISZ JARLICHT
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18368&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=18368&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.18368
Resumo: [pt] Esta dissertação compreende três eixos: infância, abandono e literatura infantil e juvenil. Traz como objetivos analisar como a infância abandonada é apresentada na literatura infantil e juvenil contemporânea brasileira e qual o impacto causado por essa literatura nas crianças que se encontram em situação de desamparo. Tomo o percurso histórico-sociológico sobre a construção do conceito de infância realizado pelo historiador Philippe Ariès e as pesquisas das historiadoras Mary Del Priore e Maria Luíza Marcílio que contemplam a infância brasileira e a questão do abandono. Proponho um corte transversal nessa leitura trazendo a contribuição filosófica de Walter Benjamin sobre a infância. No que tange à literatura, foram escolhidas quatro obras que se sensibilizam com a questão em debate: O Praça XV, de Paula Saldanha (1981), Cena de rua, de Ângela Lago (1994), O menino que não se chamava João e a menina que não se chamava Maria - um conto de fadas brasileiro, de Georgina Martins (1999) e Uólace e João Victor, de Rosa Amanda Strausz (1999). A pesquisa de campo foi realizada junto às crianças e adolescentes, freqüentadores do projeto Ao Encontro dos Meninos e Meninas em Situação de Rua na Fundação São Martinho, entidade civil de caráter filantrópico, situada na Lapa, Rio de Janeiro. Como proposta metodológica, foram desenvolvidas oito rodas de leitura, com duração média de 50 minutos, ao longo de quatro meses. Foi observado que a literatura despertou a reflexão e a fala desses meninos e meninas. Mudança, sonhos, medo da morte, abandono foram temas levantados e discutidos pelos participantes. A educação, a escola e a família surgem nas falas como soluções de uma vida diferente. Nos fragmentos de história trazidos por esses leitores contemplamos sentimentos e pensamentos que a história oficial não conta. Ao mesmo tempo, esses fragmentos remontam uma história que é coletiva.