[pt] A APOCALÍPTICA NO ZOROASTRISMO, JUDAÍSMO E CRISTIANISMO: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE O AVESTA, DN 12,1-3 E MT 27,51B-53 QUANTO À IDEIA DA RESSURREIÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: DIONISIO OLIVEIRA SOARES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=56491&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=56491&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.56491
Resumo: [pt] É já notório o conhecimento de que o legado da cultura persa no período pós-exílico do judaísmo não pode ser desprezado, especialmente no final deste período, quando o gênero literário apocalíptico estava florescendo. A presente tese analisa a ressurreição individual no que tange às possíveis relações entre a religião persa e o judaísmo intertestamentário, bem como o cristianismo primitivo. Para tanto, o trabalho começa verificando as origens e desdobramentos do fenômeno apocalíptico. Em seguida, focaliza as conexões literárias que poderiam revelar as ligações entre persas e judeus: a tradição do Avesta antigo (especialmente o Yasna 30,7 e o Yasht 19.11.89) é cotejada com o texto de Daniel 12,1-3. Posteriormente, a possível conexão entre Daniel 12,1-3 e Mateus 27,51b-53 é analisada. O objetivo da tese é verificar em que medida o texto de Daniel refletiria um desenvolvimento dentro do judaísmo a partir do contato com a apocalíptica iraniana, bem como em que medida a origem da tradição presente na perícope mateana refletiria a ressurreição individual a partir da tradição de Daniel. A despeito das características próprias de cada texto, os pontos de contato são bastante plausíveis a partir do marco social, gênero literário e objetivo dos textos, especialmente entre Daniel e Mateus. A perícope mateana revelaria uma tradição daniélica, na qual a ressurreição foi vista como uma recompensa aos judeus que morreram em virtude da justiça divina. Como o redator em Daniel, o evangelista revela uma comunidade em conflito, agora com o judaísmo formativo; ela deixa transparecer uma crença em um reino messiânico que atende à expectativa de uma era escatológica que se inicia justamente na morte e ressurreição de Jesus Cristo.