[pt] DA VERDADE COMO ABERTURA EXISTENCIAL AO ACONTECIMENTO POÉTICO DA VERDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: IONE MANZALI DE SA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16886&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16886&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16886
Resumo: [pt] Na sua conferência A origem da obra de Arte, de 1936, Martin Heidegger leva a discussão sobre a arte, até então restrita ao domínio da estética, para o campo ontológico, na sua definição da obra de arte como o pôr-se-em-obra da verdade. Nesta dissertação intento esclarecer esta peculiar expressão, tomando como fio condutor as mudanças do sentido de verdade que acompanharam o motivo central na filosofia de Heidegger, a questão do ser, desde Ser e tempo até o seu encontro com a arte nesta conferência. Heidegger, em seu empenho contra a entranhada tradição da verdade como verdade eterna, noção esta que mostrou ser comandada pela lógica da adequação, parte da noção de verdade histórica por ele definida nos anos 1930, para chegar ao mais original sentido da verdade de ocultamento e desvelamento da alétheia, que, ao se essencializar, acontece poeticamente na obra de arte, instaurando a verdade de um novo ser ao abrir horizontes históricos-destinais. Mostrarei por fim, como a techné, neste momento compreendida por Heidegger como original [ursprünglich], é por ele então pensada na abertura instaurada pela obra de arte associadamente à essencialização da técnica moderna em seu desabrigar dos entes como recurso disponível de uma vigência estabilizada.