[pt] HOBBES ÉDIPICO: FORMAÇÃO DO SUJEITO, SUBJETIVIDADE E NEUROSE NO CONTRATO SOCIAL DE THOMAS HOBBES
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | eng |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51065&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51065&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.51065 |
Resumo: | [pt] A presente dissertação expressa e narra meu processo de compreensão do meu desejo de saber, suas impossibilidades, e as conexões entre poder e reivindicações à verdade nas narrativas e sujeitos autorizados por tais reivindicações. Eu escolhi particularmente o processo de formação do sujeito como compreendido pela teoria psicanalítica desenvolvida por Jacques Lacan – em seu “retorno a Freud” – e pela teoria contratualista como desenvolvida por Thomas Hobbes. Esse processo de formação do sujeito é um que eu entendo, como Judith Butler, como co-constitutivo e codependente com o poder que o forma numa relação em que não há emergência de um sujeito a não ser que autorizado por alguma instância de poder, ao mesmo tempo que não há poder senão como efeito sobre e através dos sujeitos a quem sujeita. O caminho em particular que eu consegui traçar em minha exploração, primeiro, foi entendendo um certo caráter ou papel estruturante da linguagem na teoria de ambos Lacan e Hobbes. Isso me permitiu dar um passo além, na análise de como o sujeito neurótico e o sujeito do contrato social emergem não só dos mesmos contextos, mas, sendo assim, talvez sejam um e o mesmo sujeito. Para, então, seguir o processo de formação do sujeito como colocada por Lacan até o mecanismo do Nome-do-Pai, procurando entender nossos investimentos políticos em uma certa forma paternalista de autoridade. No último e final passo deste processo ao invés de se fechar e confirmar-se a si mesma, eu busco partilhar uma crítica de um certo modelo heteronormativo e falocêntrico no qual muito da teoria psicanalítica está baseada, seus efeitos danosos nos mecanismos de exclusão e autorização de determinados sujeitos na nossa sociedade, baseados em uma diferenciação sexual. Eu emerjo desta dissertação não só mais capaz de engajar livros, autores e literaturas, mas compreendendo melhor e sendo mais atenta ao meu próprio desejo de saber e os mecanismos de exclusão vigentes no nosso mundo. |