[pt] CLIVAGEM E IDEALIZAÇÃO: SOBRE O LUTO IMPOSSÍVEL NAS PATOLOGIAS LIMÍTROFES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LUIZA DA COSTA MENDES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28986&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28986&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.28986
Resumo: [pt] Este trabalho consiste numa discussão sobre o destino do objeto nos casoslimite diante das dificuldades envolvidas nas relações primárias com o objeto absolutamente necessário no início da vida psíquica. Quando este objeto falha sucessivamente em desempenhar suas funções adequadamente, em um momento muito primitivo de despreparo subjetivo, a constituição psíquica é marcada por traumatismos primários que impedem o luto e o trabalho do negativo estruturante, ocasionando negativizações que desorganizam o interior do aparelho psíquico e impedem a construção de um espaço de ausência fecundo para o surgimento de representações que estruturam o pensamento. Ao fracassar em sua ação constitutiva, o trabalho do negativo vai operar de forma patológica, impossibilitando o apagamento do objeto primário que é insistentemente mantido no campo psíquico por meio de sucessivas clivagens e idealizações que cristalizam e purificam o objeto. Enquanto a clivagem consiste em uma saída negativizante mal-sucedida que visa afastar as partes não representáveis da vivência traumática que ameaçam retornar desorganizando a frágil delimitação intrapsíquica e intersubjetiva, a idealização excessiva, por sua vez, é uma estratégia defensiva que confere ao objeto uma posição inacessível, rígida e fixa, ação que entrava o trabalho de luto, resultando, assim, no entupimento do espaço pessoal e na obstrução do pensamento.