[pt] A INFLUÊNCIA DE UMA ORGANIZAÇÃO SOCIAL NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA: O CASO DA REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA (RNP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: VANESSA RODRIGUES DE MACEDO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11393&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11393&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11393
Resumo: [pt] A partir do governo Fernando Henrique Cardoso começou a ser adotado no Brasil um modelo de administração de serviços públicos de caráter público/privado, conhecido como Organização Social (OS). As OS são organizações privadas sem fins lucrativos que administram os mais variados serviços públicos nacionais. Atualmente existem cerca de 200 OSs nos planos municipal, estadual e federal, dentre elas a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa - RNP, organização que cuida da operação bem como das questões estratégicas da Internet acadêmica brasileira. O objetivo desta dissertação é desenvolver uma análise do caso RNP visando a compreensão de sua atuação internacional e sua contribuição para a política externa brasileira. Minha hipótese pretende demonstrar que a atuação dupla da RNP, nas esferas pública e privada, potencializa sua influência na composição da agenda de política externa brasileira para a sociedade da informação e integração regional na medida em que possibilita a este ator participar simultaneamente de diferentes loci do processo decisório que influenciam na política externa. A partir de uma atuação burocrática, a RNP transita com facilidade pelas instâncias hierárquicas da burocracia e assume um papel análogo ao de uma minoria burocrática. Por meio de estratégias de influência tão, e em alguns casos até mais, capazes quanto às utilizadas pelos principais atores burocráticos, essas minorias asseguram seu espaço na arena do processo decisório de política externa. Em outro diapasão, a atuação não-estatal da RNP insere esta organização na rede horizontal de atores não-estatais em sua área de atuação. Face à relevância destes atores observada no bojo da revolução tecnológico-informacional, os mesmos vêm demonstrando efetiva participação na elaboração da política externa brasileira.