[pt] AS POPULAÇÕES INTERNAMENTE DESLOCADAS PELO CONFLITO COLOMBIANO DURANTE O GOVERNO URIBE: UMA REFLEXÃO SOBRE OS USOS DE SEGURANCA HUMANA NA ERA DA GUERRA CONTRA O TERROR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: DIOGO MONTEIRO DARIO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14094&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14094&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.14094
Resumo: [pt] Essa dissertação busca fazer uma análise da relação entre o governo colombiano do Presidente Álvaro Uribe Velez(2002- ) e as populações internamente deslocadas em decorrência do conflito colombiano. A principal premissa dessa pesquisa é a de que tal relação é condicionada por duas diferentes representações da segurança internacional: a da Guerra contra o Terror e o da segurança humana. A partir disso, tentaremos argumentar que, nesse caso, a combinação dessas duas representações produz um contexto social muito específico, de forma que nós não podemos analisar os impactos desses discursos baseados em significados atribuídos a priori. Teremos que recorrer à sociologia crítica de autores como Pierre Bourdieu e Bernard Lahire para analisar os usos dessas noções e de suas propriedades, nos concentrando sobre a análise do discurso da segurança humana e de seu papel na edificação do corpo normativo para a proteção das populações internamente deslocadas. Baseados em concepções a priorísticas, seríamos levados a concluir que práticas informadas pelos discursos da segurança humana e da Guerra contra o Terror seriam incompatíveis. Contudo, na Colômbia, onde os deslocados internos são a expressão mais evidente da violência excessiva que prevalece no campo, o governo concentra a operação dessas políticas de forma a evitar a responsabilidade pela produção da violência. Nesse contexto, os discursos não somente convergem, mas a segurança humana cumpre um papel relevante na legitimação da Guerra contra o Terror.