[en] EASTERN MIRAGES: MYTHICAL MOORS IN THE BRAZILIAN NARRATIVE-PERFORMATIVE IMAGINARY

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BARBARA DE BRITO ANTUNES LITO DE ALMEIDA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29994&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29994&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29994
Resumo: [pt] A construção do mouro, em sua multiplicidade composta de vários rostos e histórias, objetivamente, mostra como esses personagens míticos guardam, entre si e com os demais, semelhanças evidentes e diferenças decisivas. Essa constituição híbrida foi encontrada na pesquisa de campo nos festejos tradicionais brasileiros, no Maranhão, da Encantaria da Ilha dos Lençóis e de Cururupu, e em Sergipe, da Chegança de Laranjeiras; e a participação dos mouros míticos bem como a estrutura ritual festiva brasileira e espanhola foram comparadas às festas de Moros y Cristianos, das regiões do Levante e de Andaluzia. Essas matrizes, estudadas em suas manifestações performáticas cíclicas, foram consideradas como narrativas de proveniência enunciativa variada. A pesquisa bibliográfica paralela foi estendida à cultura popular e aos estudos árabes, à religião, à filosofia, à antropologia e à história. O personagem mouro alimentou a investigação com sua capacidade subversiva ante as narrativas oficiais, inclusive as de fundamentação historiográfica, e devida às características contextuais de maleabilidade, resistência, insubordinação e insistente autorecriação contextual. Nos relatos e ritos, o mouro mítico se nega ao desempenho dos papéis do outro e do representante do mal, tradicionalmente impostos através dos séculos. A leitura crítica das performances e narrativas integradas por esse operador semântico-político trabalhou com outros discursos, manifestações coletivas e contextos particulares, em que foram descobertas equivalências e relações, diretas ou indiretas, em traços de atividades culturais brasileiras, em contínuas transformações e redefinições de sentidos, forças e valores de nossa ordem social.