[pt] TEOLOGIA DO MISTÉRIO: ASPECTOS BÍBLICO-PATRÍSTICOS, TEOLÓGICO-LITÚRGICOS E MAGISTERIAIS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: VITOR GINO FINELON
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=26825&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=26825&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.26825
Resumo: [pt] A palavra mistério, nascida dentro do ambiente cultual grego, entrou na Sagrada Escritura já nas traduções do Antigo Testamento em relação aos termos râz e sôd, respectivamente, em aramaico e hebraico, recebendo assim uma carga semântica teológica dentro das concepções do Povo da primeira Aliança. Por conseguinte, o Novo Testamento, sobretudo as cartas paulinas, faz um abundante uso do termo mistério. Numa linha progressiva de elaboração do conceito de mistério na Sagrada Escritura, ele é a revelação do plano salvífico de Deus Pai em Jesus Cristo através de etapas sucessivas e concatenadas. A teologia patrística, recebendo da tradição bíblica o conceito de mistério, vai desenvolvê-lo quanto as suas mediações no momento eclesial em quatro direções interdependentes: a História Salvífica, a Igreja, a Palavra de Deus e a Liturgia. Na primeira metade do século XX, em virtude do afastamento da teologia das fontes bíblico-patrísticas, o monge beneditino Odo Casel reintroduzirá na reflexão teológico-litúrgico o conceito de mistério, recuperando seu vigor fontal. Esta recuperação, apesar de sofrer uma série de críticas, paulatinamente vai sendo incorporada nos documentos magisteriais. Neste movimento, a Constituição Dogmática Sacrosanctum Concilium é o documento basilar e paradigmático na reintrodução da teologia do mistério pela Igreja. De fato, as intuições mistéricas dos Padres conciliares recolhidas neste documento vão sendo desenvolvidas nas demais Constituições do Concilio Vaticano II, legando a Igreja de hoje uma fecunda herança para repensar sua prática teológico-pastoral.