[pt] MULHERES NA FILA DE VISITAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DA INOCÊNCIA DE PARENTES PRESOS EM NARRATIVAS VICÁRIAS
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30796&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30796&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.30796 |
Resumo: | [pt] Esta pesquisa é resultado de um encontro misto (Goffman, 1988), proporcionado por entrevistas de pesquisa realizadas por mim com mulheres envolvidas no contexto prisional, especificamente na condição de parentes/visitantes de homens presos. O encontro se deu nas periferias de um presídio do Estado do Rio de Janeiro, em novembro de 2015, com o propósito aplicado de reverter a invisibilidade social dessas mulheres, em sua maioria negras, pobres, mães e moradoras de zonas periféricas do estado. Ao narrarem a causalidade da prisão de seus pares, narrativas de experiência vicária (Norrick, 2013) emergem na interação, com o propósito interacional de inocentá-los e construí-los favoravelmente. É objetivo do trabalho investigar, à luz do campo de Análise de Narrativa (Bastos e Biar, 2015), informado pela Sociolinguística Interacional (Gumperz, 1982; Goffman, 1974), como se constituem tais narrativas de inocentação produzidas pelas entrevistadas, e que tipos de sistemas de coerência emergem dessas histórias. A análise dos dados indica que as entrevistadas animam discursos que desvinculam a agência de seus pares dos respectivos crimes, construindo-os positivamente, e, ao fazerem isso, reivindicam para si mesmas selves favoráveis que funcionam como explicação para estarem ali. Além disso, predominantemente, as participantes costuram relações de causalidade para a prisão de seus pares a partir de frágeis relações silogísticas amparadas no senso comum. |