[pt] DO RIO DAS VITRINES A GALERIA DOS DESCONHECIDOS: UM ESTUDO EM PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA NA LOCALIDADE DE MUZEMA
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10854&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10854&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10854 |
Resumo: | [pt] A presente tese tem o propósito de revelar alguns desdobramentos da atuação, em Psicologia Comunitária, de uma equipe de estagiários do Serviço de Psicologia Aplicada, sob a supervisão da autora. Este trabalho está sendo desenvolvido, desde janeiro de 2002, no Posto de Saúde IADAS (Instituto dos Amigos da Saúde), uma ONG da própria comunidade de Muzema. Atualmente, a Psicologia Social Comunitária contribui para a análise das relações entre o mundo subjetivo e o objetivo, sendo, também, um espaço de alargamento dos domínios tradicionais da Psicologia. Através desta perspectiva pudemos realizar um trabalho clínico, tomando como norteador de nossa prática o conceito de Clínica Ampliada. A inserção do psicólogo nas comunidades de baixa renda promove o diálogo entre sujeitos de contextos diferentes, possibilitando a reconstrução cultural, a ética da solidariedade e a construção de projetos coletivos, num cenário de individualismo urbano crescente. Seguindo a metodologia da pesquisa participante e apresentando um referencial teórico sócio-histórico, foram realizadas doze entrevistas semi-estruturadas com mulheres da comunidade. As falas das entrevistadas foram entendidas à luz das teorias utilizadas e articuladas à realidade cultural observada. Uma reflexão sobre a comunidade na cultura contemporânea, o individualismo, a ausência do Estado e a realidade dos excluídos serviram como temas nesta articulação teórico-prática. Os resultados mostraram que os discursos das mulheres indicaram pistas de problemas compartilhados, mas que, na contemporaneidade, são vistos como algo centrado no plano individual. A valorização das falas em sua singularidade, além de não generalizar um percurso de sujeitos excluídos, impede a desqualificação da potência de sujeitos moradores das comunidades e a homogeneização das subjetividades que observamos hoje. Finalmente, defende-se a tese de que a comunidade é analisada como um microcosmo de um contexto mais amplo de análise, possibilitando, assim, a construção de políticas públicas e sociais a partir dos principais temas investigados neste estudo. |