[pt] ESCRITOS À MARGEM: A PRESENÇA DE ESCRITORES DE PERIFERIA NA CENA LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: PAULO ROBERTO TONANI DO PATROCINIO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16720&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16720&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16720
Resumo: [pt] O presente estudo tem como objetivo analisar as manifestações literárias produzidas pelos autores pertencentes à Literatura Marginal, buscando compreender as principais características textuais e políticas deste movimento. Nessa perspectiva, os produtos discursivos marginais serão vistos como manifestações contra-hegemônicas, resultantes de um esforço em produzir uma imagem própria sobre a vivência marginalizada, silenciando, assim, qualquer outro discurso produzido fora do espaço periférico. Para tanto, foi utilizado um arcabouço teórico que possibilita ler as formas de agenciamento político produzidas por este grupo. Além do exame do objeto literário, é realizada uma aproximação destas narrativas com o movimento Hip-Hop, mais precisamente com o RAP, colocando em relevo as muitas semelhanças quanto à estrutura textual das formas poéticas e as formas de veiculação de um discurso que almeja a conscientização dos leitores/ouvintes. Por se tratar de uma experiência literária pouco comum, a presença de escritores marginais em nossa série literária também apresenta novos questionamentos sobre a função e o papel do intelectual. Se outrora era o intelectual quem desempenhava a função de portavoz destes grupos, agora são os próprios marginais que rompem com a passiva posição de objeto e passam a figurar como sujeitos. Ao lançar um olhar crítico sobre esta disputa discursiva é possível identificar as tensões que o movimento de autores periféricos inaugura.