[en] BRAZIL IN THE WORLD AND VICE-VERSA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LUIZ FELDMAN
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=32983&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=32983&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.32983
Resumo: [pt] O trabalho aproxima a disciplina de Relações Internacionais ao pensamento social brasileiro. O objetivo é compreender como três entre as principais obras sobre a formação do Brasil moderno empregam o conceito de Estado, e a hipótese geral é de que esse emprego entrelaça o Brasil à política mundial. Casa-grande e senzala e Sobrados e mucambos, de Gilberto Freyre, e Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, são analisados tendo-se em vista o modo como aplicam as distinções conceituais Estado-sociedade, Estado-exterior e passado-presente. Argumenta-se sobre as obras de Gilberto Freyre que a intensificação da presença do Estado no século XIX desestruturou um quadro de política mundial existente na Colônia, submetendo elementos orientais da paisagem social a um discurso civilizador e excludente, e constituindo uma nova sociedade que internaliza normas de europeização. Quanto à obra de Sérgio Buarque, argumenta-se que a coexistência de um ideal de enraizamento e de uma condição de desterro cria um entre-lugar de conflitos inconciliáveis na história do Brasil, em que a instituição de um Estado representativo é complicada pelas dificuldades que o passado recalcitrante coloca ao desenvolvimento de modernas instituições européias. Conclui-se que a aplicação das distinções conceituais nos três livros não apenas mobiliza um discurso de limites, como também aponta para alguns limiares espaciotemporias da presença do Brasil no mundo.