[pt] A CONSTRUÇÃO DO LAR NA PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO SOCIAL: O CASO DO CONJUNTO HABITACIONAL SAN FRANCISCO, ASSUNÇÃO, PARAGUAI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: RAMONA ELIZABETH SANCHEZ
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62714&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62714&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62714
Resumo: [pt] Esta pesquisa tem como objetivo investigar a construção do lar a partir das formas de apropriação de espaço, demonstrados pelos moradores do Conjunto Habitacional de interesse social, denominado San Francisco, em Assunção, Paraguai. Dito conjunto foi construído para remanejar a população de um assentamento informal denominado La Chacarita, localizado às margens do Rio Paraguai na zona do centro histórico de Assunção, que enfrenta enchentes cíclicas e que se viu afetada por intervenções de infraestruturas urbanas que agravaram essa situação. Considerando que essa população sofreu um processo de remoção compulsória do assentamento de origem procura-se, nesta pesquisa, identificar as formas de apropriação em um espaço programado, fruto de um projeto de arquitetura, tornando-os espaços criados, ou seja, transformados a partir da produção de táticas de adequação pelos próprios habitantes (Machado-Martins; Trotta, 2020), e como a remoção influencia nesse processo de apropriação. Para isso, serão considerados fatos históricos que foram coletados de uma intensa pesquisa bibliográfica, as trajetórias e experiências das famílias até chegar ao lugar de moradia, observando e analisando os processos de adaptação e transformação no conjunto. Já que a relação entre o ambiente vivido e as pessoas estabelece uma troca mútua – pois as pessoas transformam os lugares, mas os lugares também interferem nas práticas das pessoas e criam um hábito – nesta pesquisa, se mobiliza o conceito de habitar, não só como uso do espaço propriamente dito, mas como uma relação básica entre o indivíduo e o mundo, de apropriação do lugar, de criação de vínculos, de sentido de pertencimento e identidade entre a pessoa e o lugar (Pallasmaa, 2016; Tuan, 1983). Também se considera o sentido de lar como uma construção demonstrada a partir da apropriação do espaço e a dotação de significados ao lugar.