[pt] CORPO SEM CABEÇA: PAULA BRITO E A PETALOGICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: BRUNO GUIMARAES MARTINS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=22828&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=22828&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.22828
Resumo: [pt] Citado brevemente nos compêndios de história literária, o pioneiro editor Francisco de Paula Brito (1809-1861) é a personagem principal desta tese. Trata-se de deslocar o secundário ao plano principal, ou seja, de alçar o fundo à figura, para se observar literatura e história com base em uma perspectiva que considera suas condições materiais de produção e circulação. Partimos da premissa de que a instalação tardia de uma sistema comunicativo baseado na imprensa no início do século XIX teve consequências para as definições dos contornos do literário no Brasil. Foi esse atraso o que condensou imultaneamente três diferentes aspectos da atividade de edição – o capital, a autonomia intelectual e a voz – na figura de Paula Brito. Para descrever cada um desses aspectos, consultamos, além de textos históricos, periódicos e obras publicados à época. Com essa pesquisa não buscamos isolar cada um dos aspectos que caracterizam a edição, mas demonstrar que foi seu entrelaçamento, por vezes contingencial, o que promoveu a presença da escrita e da literatura no cotidiano da corte. É importante destacar que, apesar de utilizarmos as figurações do editor para estruturar a tese, Paula Brito transitava livremente por todas as funções do mundo letrado, e foi seu caráter múltiplo e ambíguo o que nos permitiu traçar relações entre atividades e conceitos aparentemente distantes como o tipógrafo e o autor, o manual e o intelectual, o corpo e o significado. Nesse sentido é exemplar a existência da Petalogica, sociedade litero-humorística em cujos registros observamos relações paradoxais que desenham um conflito produtivo na busca pelas fronteiras entre literário e não literário.