[pt] A CONSTRUÇÃO DO PROBLEMA DO ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL (SEA) NA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (1998- 2023): MUDANÇAS E CONTINUIDADES NO ARCABOUÇO DISCURSIVO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: GABRIELA DE ASSUMPCAO NOGUEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68733&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68733&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68733
Resumo: [pt] Esta dissertação realiza uma análise de discurso sobre abuso e exploração sexual (SEA) em operações de paz das Nações Unidas (ONU) a partir de uma metodologia qualitativa dos documentos públicos da ONU. O objetivo central é examinar as formas de abordagem ao SEA, incluindo declarações e medidas da Organização. Discute-se, principalmente, a distinção entre a abordagem individualizada, que enfatiza políticas focadas na conduta individual de peacekeepers violadores, e a nova abordagem, institucionalizada pela Organização em 2017, denominada abordagem centrada na vítima. Diferente da anterior, o relatório que formaliza a nova abordagem busca adotar medidas que centralizam os direitos e experiências das vítimas e reconhece a necessidade de ações mais amplas para enfrentar a violência. A análise pós-estruturalista, inspirada na literatura de Michel Foucault, Carol Bacchi e Lene Hansen, permite avaliar a compreensão sobre o SEA nesses dois momentos e como as políticas da ONU foram remodeladas. Assim, apesar da aparente incompatibilidade, a análise da dissertação mostra que a relação entre as abordagens não é um processo de ruptura completa, mas de coexistência, em que o foco no perpetrador ainda é predominante.